sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Seminário Regional debate “Negociações Comerciais e Agricultura Familiar”



FOTO: Diana Nunes de Oliveira

Na tarde do dia 13 de novembro aconteceu o painel “Negociações Comerciais e Agricultura Familiar”, coordenado pela revista AGRÓPOLIS. A vice-presidente da CONTAG e Secretaria Geral da COPROFAM, Alessandra Lunas, foi uma das debatedoras. A introdução da temática e panorama geral dos acordos comerciais intra e extra MERCOSUL foi feita por Susana Vasquez, do FUNDER, e Andrés Balcari, consultor do FIDA MERCOSUL. O seminário contou com a participação dos negociadores de cada país: Francisco Cannabrava, Ministério das Relações Exteriores/Brasil, Eduardo Polcan, do Ministério da Ganaderia da Argentina, e Valéria Csukasi, negociadora do Uruguai.

Para Alessandra, “o seminário representa importante momento para aprofundar o tema, uma vez que a construção conjunta no MERCOSUL é de vital importância para a agricultura familiar”. Para ela, é importante que a sociedade civil estabeleça diálogo permanente com os governos nacionais no sentido de visibilizar a produção da Agricultura Familiar nos mercados para além das fronteiras, e identificar quais os produtos mais sensíveis e que necessitam de atenção especial nas negociações comerciais.

Alessandra identifica como desafios para a REAF a identificação da produção da Agricultura Familiar em cada cadeia produtiva. Qual é a real participação do segmento nos setores produtivos? Ressalta que é preciso trabalhar as questões das sensibilidades da produção em cada país. Propõe por fim, que sejam excluídos das negociações comerciais os produtos que envolvem a segurança alimentar dos países.

Como parte dos debates, Monica Polidoro, secretaria de Mulheres da COPROFAM, salientou que não se pode falar em crescimento econômico desconectado do desenvolvimento social. Questiona o fato de que as negociações comerciais foram divididas entre os países e de que maneira isso poderá beneficiar a Agricultura Familiar. Já Rigoberto Turra, diretor de Finanças, fez uma reflexão sobre a falta de credibilidade dos governos nacionais atuais, uma vez que estes não mais representam os interesses dos trabalhadores e agricultores que os elegeu. As políticas públicas têm sido voltadas unicamente para o benefício do agronegócio, e isso tem fortalecido a entrada dos grandes capitais nos países da América Latina, a imigração cada vez maior dos agricultores para os grandes centros urbanos, ou seja, a diminuição e o desaparecimento do modo de vida do campo.

FONTE: Alessandra Lunas - CONTAG







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