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FOTO: Diana Nunes de Oliveira
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Na tarde do dia 13 de novembro aconteceu o painel “Negociações
Comerciais e Agricultura Familiar”, coordenado pela revista AGRÓPOLIS. A
vice-presidente da CONTAG e Secretaria Geral da COPROFAM, Alessandra
Lunas, foi uma das debatedoras. A introdução da temática e panorama
geral dos acordos comerciais intra e extra MERCOSUL foi feita por Susana
Vasquez, do FUNDER, e Andrés Balcari, consultor do FIDA MERCOSUL. O
seminário contou com a participação dos negociadores de cada país:
Francisco Cannabrava, Ministério das Relações Exteriores/Brasil, Eduardo
Polcan, do Ministério da Ganaderia da Argentina, e Valéria Csukasi,
negociadora do Uruguai.
Para Alessandra, “o seminário representa importante momento para
aprofundar o tema, uma vez que a construção conjunta no MERCOSUL é de
vital importância para a agricultura familiar”. Para ela, é importante
que a sociedade civil estabeleça diálogo permanente com os governos
nacionais no sentido de visibilizar a produção da Agricultura Familiar
nos mercados para além das fronteiras, e identificar quais os produtos
mais sensíveis e que necessitam de atenção especial nas negociações
comerciais.
Alessandra identifica como desafios para a REAF a identificação da
produção da Agricultura Familiar em cada cadeia produtiva. Qual é a real
participação do segmento nos setores produtivos? Ressalta que é preciso
trabalhar as questões das sensibilidades da produção em cada país.
Propõe por fim, que sejam excluídos das negociações comerciais os
produtos que envolvem a segurança alimentar dos países.
Como parte dos debates, Monica Polidoro, secretaria de Mulheres da
COPROFAM, salientou que não se pode falar em crescimento econômico
desconectado do desenvolvimento social. Questiona o fato de que as
negociações comerciais foram divididas entre os países e de que maneira
isso poderá beneficiar a Agricultura Familiar. Já Rigoberto Turra,
diretor de Finanças, fez uma reflexão sobre a falta de credibilidade dos
governos nacionais atuais, uma vez que estes não mais representam os
interesses dos trabalhadores e agricultores que os elegeu. As políticas
públicas têm sido voltadas unicamente para o benefício do agronegócio, e
isso tem fortalecido a entrada dos grandes capitais nos países da
América Latina, a imigração cada vez maior dos agricultores para os
grandes centros urbanos, ou seja, a diminuição e o desaparecimento do
modo de vida do campo.
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