terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cenário pós-eleitoral e conjuntura internacional são temas do segundo dia de curso da ENFOC

FOTO: ENFOC

Durante a manhã dessa terça (13 de novembro) lideranças sindicais de todo o país e de organizações filiadas à COPROFAM fizeram uma reflexão sobre o cenário pós-eleitoral, com destaque para os limites, potencialidades e desafios para o fortalecimento do projeto de sociedade defendido por trabalhadores e trabalhadoras rurais, durante o 2º módulo do Curso Nacional de Formação em Ação Sindical e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, promovido pela Escola Nacional de Formação da CONTAG (ENFOC). O curso começou ontem e vai até o dia 22 de novembro, em Brasília. Esse momento contou com a colaboração de Leandro Fortes – jornalista da revista Carta Capital e Antenor Lima.

Para Juraci Souto, secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, são dois os desafios do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadores Rurais (MSTTR). “O primeiro deles foi o de eleger candidatos comprometidos com o nosso projeto de desenvolvimento. O segundo é fazer com que esses mesmos candidatos, uma vez eleitos, assumam o projeto do MSTTR em outros espaços”. Ainda segundo Juraci, a experiência tem mostrado que depois de assumir seus cargos a maioria desses candidatos têm se distanciado da base que os elegeu. Uma vez superados esses dois desafios, o secretário fala que, “somado a esses desafios, precisamos ter consciência de que necessitamos dialogar com essas lideranças eleitas sobre o PADRSS.” Ele destaca que a ENFOC vem preparando as pessoas para fazerem uma boa escolha e que a Escola pode ajudar nesse processo.

Durante os debates, o assessor da CUT Nacional, Edson Campos, a convite da equipe de educandos da CONTAG, fez uma análise do cenário pós-eleitoral destacando os avanços e os desafios para o movimento sindical brasileiro para os próximos anos. Os educandos(as) da ENFOC fizeram perguntas e ajudaram na análise da conjuntura pós-eleitoral e sobre a importância da comunicação na disputa de projetos políticos. Segundo Fortes, o movimento sindical precisa investir na criação de um rede de comunicação e não trabalhar apenas com os meios tradicionais, como o jornal impresso. Ele também elogiou a iniciativa da CONTAG em criar uma escola de formação.

À tarde Gerardo Iglesias, da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação e Agricultura (UITA) e Adriano Campolina, diretor da ActionAidasil analisaram a conjuntura internacional, tendências e desafios para a classe trabalhadora na América Latina (hegemonia e contra-hegemonia), destacando as dificuldades e as articulações sindicais intercontinentais. Na ocasião foi feita uma reflexão sobre o papel do Brasil nas articulações internacionais, especialmente na América Latina, e os desafios para os movimentos sociais e sindicais. Os colaboradores também fizeram uma exposição dialogada sobre as influências do capital internacional sobre a vida das pessoas, destacadamente as lutas da classe trabalhadora na construção da soberania dos povos e no aprofundamento da democracia, especialmente nos países do continente latino.


FONTE: Imprensa CONTAG - Maria do Carmo de Andrade Lima e Verônica Tozzi

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