quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Congresso discute políticas públicas para a agricultura familiar

Congresso discute políticas públicas para a agricultura familiar

Foto: Rômulo Serpa

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, participou nesta terça-feira (13) da abertura do III Congresso da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), apoiado pelo Governo Federal. O evento tem como objetivo debater interesses da agricultura familiar brasileira e projeto de desenvolvimento rural sustentável e solidário. A reunião segue até quinta-feira (15), no Centro de Treinamento Educacional, em Luziânia (GO).
Durante a abertura do Congresso, o ministro Pepe Vargas destacou as conquistas da agricultura familiar nos últimos anos, como a ampliação do alcance e melhores condições de juros do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a criação de instrumentos de garantia de renda, os programas compras públicas e a retomada a ideia de uma política pública de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). “Reconhecer esses avanços não é deixar de ter uma visão crítica sobre o que ainda precisamos avançar, mas é manter uma esperança crítica que nos permita dar saltos maiores para mais conquistas aos agricultores e agricultoras do país”, pontuou.
Ele ressaltou, ainda, a relevância dos movimentos sociais camponeses no processo de evolução das políticas públicas. “Para nós do Governo Federal, o movimento social organizado, mobilizado, que luta por seus direitos, é extremamente importante para que a gente possa fazer as nossas políticas avançarem ainda mais e alcancem um maior número de cidadãos.”
A ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Agrário e Combate à Fome (MDS), também falou sobre a participação dos movimentos nas mudanças sociais no campo. “Essa transformação no Brasil não é um processo natural, é resultado das lutas de vocês, que trouxeram um conjunto de agendas que foram transformadoras e que colocaram no centro da pauta nacional a questão da agricultura familiar. Por isso o Brasil de hoje é um país muito diferente de dez anos atrás”, frisou.
“Nossa luta é para fortalecer o grande setor econômico e de produção de alimentos do País. Um país que quer ser um país sem fome, um país desenvolvido, tem que ter espaço para a agricultura familiar e camponesa”, defendeu a coordenadora nacional da Fetraf, Elisângela dos Santos. No Brasil, hoje, a agricultura familiar é responsável pela produção da maior parte dos alimentos e ocupa mais de 74% da mão de obra empregada no campo.
O Congresso
Sob o tema Mãos que Alimentam a Nação, o congresso reúne cerca de 800 delegados sindicais e dirigentes de 18 estados para discutir pontos estratégicos para a melhoria da qualidade de vida dos homens e mulheres do campo. Entre os temas que serão debatidos estão: identidade e diversidade da agricultura familiar; relações de gênero no campo; sucessão rural; organização produtiva; sustentabilidade e agroecologia; políticas para o semiárido; reforma agrária; entre outros.

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