terça-feira, 23 de julho de 2013

Assistência técnica leva desenvolvimento às famílias do PBSM

Assistência técnica leva desenvolvimento às famílias do PBSM

Foto: Ascom/MDA

As ações do Plano Brasil Sem Miséria para superar a extrema pobreza no campo já alcançaram mais de 259 mil famílias brasileiras. São agricultores e agricultoras familiares, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, extrativistas e pescadores, que passaram a receber, a partir de 2011, Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) diferenciada, com o foco na produção de alimentos e no desenvolvimento social. Nesses dois anos, o Governo Federal contratou 1,2 mil técnicos para levarem ações de inclusão produtiva ao público selecionado, como a família da agricultora cearense Maria do Socorro.
Aos 47 anos, a moradora de Crateús ainda se encanta com a mudança que chegou a sua vida. “Quem era eu antes desse Plano Brasil Sem Miséria, até a roupa que eu usava era alguém que me dava. Hoje, eu tenho as minhas coisas. Com o dinheiro do galinheiro eu compro uma mistura, compro café, arroz. Para mim tem dado super certo.” O projeto, elaborado em conjunto com a agente de Ater, gera renda de cerca de R$ 250 por semana para a família, por meio da venda dos ovos e dos galos.
”Quando chegou a primeira parcela do recurso, já estava separado o quanto iria para a compra dos filhotes, da ração, do remédio e do servente para a construção da casinha delas. Dá até gosto ver o meu terreno com os bichos”, conta Maria do Socorro. O galinheiro foi feito com  recurso do Fomento. Cada família recebe R$ 2,4 mil para investir em uma atividade que gere renda, seja ela agrícola ou não.
A coordenadora-geral do Plano Brasil Sem Miséria no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Letícia Mendonça, ressalta que a assistência técnica é o canal para que o Estado chegue até as famílias com um conjunto de políticas públicas. “É muito importante para essa família sentir que o Estado a conhece e que aposta, por meio de um conjunto de políticas públicas, em seu potencial produtivo”, explica.
O acompanhamento da família pelo agente de assistência técnica tem a duração de dois anos. “Após esse prazo, trabalhamos para que essas famílias já estejam inseridas em algumas políticas de desenvolvimento rural, por exemplo, acessando o crédito Pronaf, vendendo para o PAA, participando do  Garantia Safra, ou seja, inserida em outras políticas públicas que vão diminuir a sua vulnerabilidade e dar autonomia para essas famílias irem trilhando o seu próprio caminho na inclusão produtiva rural”, observa Letícia.
Contratação e atuação
A oferta de Ater do Plano Brasil Sem Miséria ocorre de duas maneiras: por meio de chamadas públicas ou de acordos de cooperação técnica com os Estados.
Antes de irem até as famílias, os agentes de Ater passam por uma capacitação especial pelo MDA. Nessa capacitação são trabalhados os principais eixos do Plano Brasil Sem Miséria e as políticas de desenvolvimento rural e social focadas nesse público. 
Plano Brasil Sem Miséria
Lançada em junho de 2011, pelo governo federal, a ação tem o objetivo de superar a extrema pobreza no País até o fim de 2014. O Plano Brasil Sem Miséria tem três eixos de atuação: garantia de renda, por meio da inclusão das famílias em extrema pobreza nas políticas de transferência de renda; inclusão produtiva rural e urbana, com ações que buscam ampliar as oportunidades de ocupação e renda ; e acesso a serviços públicos, especialmente saúde, educação e assistência social.

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