sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MSTTR defende federalização de crimes de ordem de violência no campo
A discussão foi feita durante a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar no Mercosul (Reaf), sobre o assassinato de mais um dirigente sindical no Pará

Mais um dirigente sindical foi morto nessa quinta-feira, (25), no Pará vítima da violência no campo. Valdemar Barbosa de Oliveira, mais conhecido como Piauí, tinha 54 anos e foi assassinado a tiros perto do assentamento onde morava. Já havia um inquérito aberto na polícia local informando sobre as ameaças de morte que “Piauí” vinha sofrendo. A Contag repudia esse tipo de ação violenta contra lideranças sindicais.

Piauí andava de bicicleta quando foi atingido por tiros de dois pistoleiros que estavam de moto e estavam de capacete. A polícia civil já está investigando o caso. Informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT) revelam que Valdemar Basbosa sempre lutou pelas questões agrárias. Ele coordenou vários grupos de famílias na luta pela terra e ocupou várias fazendas no Pará, sem sucesso em nenhuma delas.

A vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da Contag, Alessandra Lunas, disse que durante a última reunião da Reaf, a discussão sobre violência no campo apontou unanimidade em propor a federalização dos crimes a cerca da violência sofrida por lideranças ligadas à luta pela terra. Lunas, também endossa a decisão da Reaf, “As lideranças do campo estão na mira dos pistoleiros, é preciso federalizar esses crimes, se não ficam na impunidade como tantos outros ficaram”, complementa Lunas.

Desde o assassinato de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, que tomou grande repercussão na mídia, Piauí foi a quarta vítima, em um espaço de três meses. O assassinato do casal extrativista ainda não teve uma investigação definitiva e os assassinos não foram identificados, parentes próximos ainda lutam com a justiça sobre o caso.
 

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