sexta-feira, 1 de abril de 2011

GRITO DA TERRA BRASIL 2011

Contag entrega a Dilma pauta de reivindicações do Grito da Terra 2011
01/04/2011
Nesta sexta-feira, dia 1/4, às 15h a direção da Contag entrega à presidente Dilma Rousseff a pauta de reivindicações do Grito da Terra Brasil 2011, que acontece de 16 a 20 de maio. Com 200 pontos, o documento está organizado em nove eixos que preveem ações emergenciais de combate à pobreza rural e à desigualdade de gênero e de fomento à geração de renda e à sustentabilidade econômica, social e ambiental.

“Estamos convencidos de que o combate à pobreza passa prioritariamente pelo campo, pela reforma agrária e pelo fortalecimento da agricultura como principal mantenedora da segurança e da soberania alimentar”, destaca o presidente da Contag, Alberto Broch.

O dirigente ressalta ainda que a entrega do documento à presidente representa a continuidade de um processo de diálogo iniciado no governo do ex-presidente Lula com o Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais (MSTTR), do qual eles esperam sequência na atual gestão de Dilma.

Histórico – O Grito da Terra Brasil (GTB) é o principal evento da agenda do movimento sindical do campo, reúne anualmente milhares de trabalhadores rurais de todo o País em Brasília. O GTB é uma mobilização promovida pela Contag e apoiada pelas Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) e pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STTRs) e possui um caráter reivindicatório. É por essa razão que a manifestação pode ser considerada como uma espécie de data-base dos agricultores familiares, dos trabalhadores sem-terra e dos assalariados e das assalariadas rurais brasileiras.

O primeiro Grito da Terra Brasil foi organizado em 1995 e teve como saldo imediato a criação de uma linha de crédito no valor de R$ 1,5 milhão para a agricultura familiar. Desde então as Fetags também promovem os Gritos da Terra Estaduais, que negociam com os governos locais a pauta de reivindicações da categoria.

Ao longo dessa história, as 16 edições anteriores do GTB renderam importantes conquistas para os trabalhadores rurais, como a criação e o aumento sucessivo dos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); a desapropriação de áreas que já beneficiaram mais de centenas de milhares de famílias; a concessão de benefícios previdenciários rurais represados no INSS e a melhoria das condições de trabalho dos assalariados rurais.

A pauta do GTB é ampla e reúne reivindicações relativas à política agrícola (assistência técnica, crédito), à reforma agrária (desapropriação de terras e criação e manutenção de assentamentos), às questões salariais (cumprimento e ampliação das leis trabalhistas) e às políticas sociais (saúde, previdência, educação e assistência social). A mobilização também defende os interesses das mulheres trabalhadoras rurais, da juventude rural e da população idosa do campo.

A manifestação se transformou em instrumento de fundamental importância para a implementação do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), desde sua formulação e após sua aprovação, em 1998.

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