Ministro expõe experiências brasileiras e vota para garantir segurança alimentar
A participação do ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, na 40ª Sessão do Comitê Mundial de Segurança Alimentar da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) se encerrou nesta terça-feira (8). Durante o último dia de evento, realizado na capital da Itália, Roma, Pepe Vargas ministrou palestra sobre promoção da segurança alimentar e nutricional por meio dos mercados institucionais e participou da discussão sobre a redução da volatilidade dos preços de produtos.
Na apresentação, o ministro expôs a experiência do programa de compras públicas na África – Purchase from Africans for Africa (PAA-África). Instituído em 2012, o programa africano foi inspirado pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Com apenas um ano de implementação, o PAA-África já atua em cinco países: Moçambique, Malaui, Etiópia, Senegal e Niger.
Cerca de 40 ministros e vice-ministros votaram e aprovaram um conjunto de recomendações para reduzir a volatilidade dos preços dos alimentos. Os participantes concluíram que é necessário aumentar, nos mercados mundiais, a transparência, o compartilhamento de informações e a coordenação das reações dos governos para reduzir as oscilações dos preços dos alimentos. O objetivo é fortalecer a resistência de populações vulneráveis ao impacto dessas movimentações.
Além disso, o Comitê acertou o aumento nos investimentos de longo prazo do setor público e privado na agricultura familiar para incrementar a produção e a produtividade, além de promover o desenvolvimento rural. Outra questão abordada foi a política de investimento para o setor. Para os ministros, os governos têm de garantir que financiamentos públicos ajudem no planejamento do investimento do pequeno agricultor, em especial das mulheres.
A comissão também identificou desafios relacionados à nutrição e gênero. Segundo eles, a mulher tem um papel fundamental na garantia da segurança alimentar: ela representa mais de 40% da força de trabalho no campo. Os representantes definiram também que a trabalhadora rural deve receber tratamento igual no que diz respeito aos programas agrícolas.
O presidente do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes acompanhou o ministro Pepe Vargas em Roma e apresentou aos participantes do evento o processo brasileiro de implementação das Diretrizes Voluntárias da FAO para a governança responsável da posse da terra, dos recursos pesqueiros e florestais.
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