Parceiros governamentais da Secretaria de Desenvolvimento Territorial
(SDT), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e organizações da
agricultura familiar de todo o País já estão se preparando para a II
Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, prevista para
o segundo semestre de 2013. De hoje (15) até quarta-feira (17), a
região Centro-Oeste recebe, em Brasília, 60 pessoas para o Seminário
Regional do Cooperativismo Solidário da Agricultura Familiar, para
reflexão e discussão da 2ª edição da Conferência e a atualização da
agenda do cooperativismo no Brasil.
A secretária nacional de Desenvolvimento Territorial, Andrea Butto,
destacou durante a palestra que o evento é um passo importante para o
bom andamento da II Conferência Nacional. “Esses seminários são uma
motivação para a Conferência, melhorando e contribuindo para o debate.
Esse é um momento de reflexão sobre o tema, que será consolidado,
depois, com um debate nacional”, explicou. Andrea se referiu ao
Seminário Nacional, que ocorrerá no final de novembro, em Salvador (BA),
após a realização de todos os eventos regionais. Em julho deste ano, as
regiões Sul e Sudeste participaram do Seminário. No final de outubro,
será a vez da região Nordeste e então, no início de novembro, da região
Norte.
O diretor do Departamento de Inclusão Produtiva da SDT/MDA, César
Oliveira, falou sobre os diversos objetivos dos seminários regionais
para a agricultura familiar, que contribuem para o processo de discussão
sobre a organização econômica da agricultura familiar no Brasil. “É um
processo que tem uma interface muito forte com o ajuste e a adequação de
políticas públicas. É fundamental que os agricultores familiares se
expressem, digam o que eles querem que seja melhorado e aperfeiçoado,
para fortalecer o processo de organização das cooperativas da
agricultura familiar no Brasil.”
Cooperativismo
Durante o debate no primeiro dia do seminário, o secretário nacional de
Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paul
Singer, afirmou que o cooperativismo é uma forma de convivência humana e
que isso torna as pessoas mais felizes. “A justificativa econômica do
cooperativismo é importante, mas não a mais importante. Uma proposta
cooperativista é uma proposta cultural de convivência com o ser humano, o
que permite que construamos uma sociedade em que os indivíduos sejam
mais felizes” Ele ainda reforçou a ideia de que o cooperativismo é uma
forma de ajudar a quem precisa. “Nos tornamos mais felizes em ajudarmos
do que sermos ajudados. Isso traz mais felicidade.”
O presidente da União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e
Economia Solidária, Luiz Possamai, salientou que o cooperativismo é,
também, uma forma de inclusão. “O cooperativismo tem esse papel de
ajudar a organizar, de incluir as pessoas na sociedade e organizar a
parte econômica, melhorando a renda e a qualidade de vida do
agricultor.” Ele também defendeu a renovação da lei de incentivo ao
cooperativismo. “O Brasil mudou bastante. Temos que levar em
consideração esse grande número de cooperativas que já estão
constituídas no Brasil e não estão ligadas ao sistema tradicional
brasileiro.” Luiz é agricultor familiar em Francisco Beltrão, sudoeste
do Paraná, e o foco de sua atividade é a plantação de grãos e a produção
de leite.
Para atualizar a sua comunidade, em Campo Grande (MS), a agricultora
familiar Rosa Maria, de 50 anos, veio participar do Seminário. Ela,
junto com mais 62 membros da Cooperativa dos Produtores Orgânicos da
Agricultura Familiar de Campo Grande (Organocoop), produz hortifruti
orgânicos em sua região. “É muito importante participar de um evento
assim, para poder levar todos os conteúdos novos discutidos”, revelou.
O Seminário Regional de Cooperativismo Solidário da Agricultura Familiar segue até quarta-feira (17), em Brasília.
fonte do blog de paulo jose
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