A redução da produtividade é uma
realidade em todos os municípios percorridos pela Anorc e Faern, nos últimos
meses. Em setembro, os dirigentes da Anorc, por exemplo, fizeram um trajeto de
Lajes a Caicó e identificaram, ouvindo as associações e pecuaristas, que a
produção de leite deverá cair entre 30% e 60%, até o final do ano. Essa
retração já produziu efeitos negativos no mapa do emprego, no sertão potiguar.
Entre janeiro e julho deste ano, 1.609 postos de trabalho foram fechados no RN.
Isso somente, na agropecuária.
Os dados são do Caged - Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados. O mapa da evolução do emprego mostra que,
na atividade agropecuária, há um grande descompasso: no ano, o setor contratou
4.357 pessoas e demitiu 5.966 - uma retração de 10,95%, em relação a dezembro
de 2011. "O setor está mais pobre, está demitindo e não pode contratar no
mesmo ritmo", afirmou o presidente da Faern, José Álvares Vieira.
A produtividade da Associação dos
Pequenos Agropecuaristas do Sertão de Angicos (Apasa) caiu significativamente.
Dados repassados à Anorc mostram que o número de fornecedores de leite caiu de
961, em 31 de dezembro de 2011, para 350, no mês passado. Em Caicó, uma das
queijeiras recebia 2.300 litros de leite em dezembro do ano passado e agora
está recebendo 750 litros. Com menos produção, há redução de postos de
trabalho.
Segundo a Anorc, a Apasa não
chegou a apresentar um número de demissões. No Rio Grande do Norte, de acordo
com o Censo 2010, do IBGE, existem 26 mil fazendas produtoras de leite de gado
no Estado e outras 700 que produzem leite de cabra. "A Apasa tem um trabalho muito bem feito
de agregar os produtores, mas devido a ação da seca boa parte deles não produz
mais", afirmou o presidente da Anorc, José Teixeira Júnior.
fonte do blog de carlos costa
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