Começou na manhã dessa segunda (29) a 5ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, em Luziania (GO). Durante o encontro, cerca de 500 dirigentes sindicais de todo país vão analisar o cenário político nacional e a atuação das trabalhadoras rurais nos processos de desenvolvimento rural sustentável e solidário. Elas também vão debater as políticas públicas para as rurais e propor estratégias para o avanço do processo de construção de políticas públicas e controle social para esse público. O contexto atual do sindicalismo rural, com ênfase nos desafios atuais e na participação e organização das mulheres também será analisado durante a plenária, que acontece até a quarta (31). Com um caráter político, avaliativo e propositivo as mulheres estarão focadas nesses três dias no debate e elaboração de proposições que subsidiem a participação nas Plenárias regionais e estaduais para o 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR). Na cerimônia de abertura política da Plenária o presidente da CONTAG, Alberto Broch fez uma retrospectiva histórica do papel da mulher trabalhadora rural no Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), nos 50 anos da CONTAG: “Vamos seguir em frente na busca pelo equilíbrio, que passa pela igualdade entre homens e mulheres”, referindo-se ao debate sobre a construção e aprovação da política de paridade entre homens e mulheres no 11º CNTTR. Para o período da tarde está previsto um grande painel sobre a conjuntura e cenários do Desenvolvimento Sustentável e Solidário na perspectiva feminista e sindical. Na ocasião, a representante da Central dos Trabalhadores (as) do Brasil (CTB) falou sobre a política de paridade no movimento sindical: “Depois de termos conseguido fazer a maior mobilização do Brasil e da América Latina, como dizer que não estamos preparadas?”. Sobre a conquista do direito ao voto, Rosane Silva – secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – disse que a Marcha das Margaridas foi uma grande demonstração de unidade: “Construímos todo o processo juntas, com dedicação da base até Brasília e isso mostra que temos capacidade política para aprovar a paridade no Congresso da CONTAG”. Em seguida, Rosângela Piovani, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) fez uma análise sobre a importância da formação política: “Além das cotas, é preciso viabilizar condições para qualificar os debates, porque tudo o que conquistamos até hoje foi fruto de muita discussão”. Visivelmente emocionada, a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Carmen Foro, fez um balanço de seus dois mandatos e das conquistas históricas alcançadas, mais especificamente a Marcha das Margaridas, a maior mobilização de mulheres do país e da América Latina, sob sua coordenação nacional. Carmen agradeceu o apoio político das mulheres de ambas centrais sindicais (CUT e CTB) nesse período e destacou a relevância desse momento: “Essa é uma plenária nacional que se reveste de uma importância extraordinária, porque estamos às vésperas dos 50 anos da CONTAG e contar essa história sem falar da participação política das mulheres seria contar uma história muito mal contada”. Segundo a dirigente sindical, a cada ano as mulheres se organizam mais em suas bases e provam sua capacidade de mobilização e de diálogo. “Nessa plenária nossa participação se dará na perspectiva de um sindicalismo forte, resistente e feminista, porque sonhamos com um país com igualdade de oportunidades. Vamos construir a paridade e, para isso, o debate é fundamental”. A abertura do evento contou com a presença de toda a diretoria executiva da CONTAG: Alberto Broch (presidente), Alessandra Lunas (vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da CONTAG), David Rodrigues (Secretário Geral) e os secretários Aristides Santos (Finanças e Administração), Juraci Souto (Formação e Organização Sindical) José Wilson (Políticas Sociais), Rosicleia Santos (Meio Ambiente), Elenice Anastácio (Jovens Trabalhadores - as Rurais), Natalino Cassaro (Trabalhadores - as da Terceira Idade), Antonio Lucas (Assalariados - as Rurais) Willian Clementino (Política Agrária), Antoninho Rovaris (Política Agrícola) e Carmen Foro (Mulheres Trabalhadoras Rurais). Representando o governo, Andrea Butto e Raimundinha Damasceno e, em nome dos movimentos sociais e sindicais, Rosângela Piovisani (Movimento de Mulheres Camponesas - MMC), Rosane Silva (Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CUT), Raimunda – Doquinha (Secretária de Mulheres da CTB) e Mônica Polidoro, secretária de Mulheres da Confederação das Organizações de Produtores Familiares do Mercosul Ampliado (COPROFAM). |
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FONTE: Imprensa CONTAG - Maria do Carmo de Andrade Lima |
Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Angicos - RN
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Mulheres debatem desenvolvimento sustentável e organização sindical
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