Com
o objetivo de debater a situação da mulher camponesa diante da opressão
e da discriminação e contra todas as formas de violência, o Movimento
de Mulheres Camponesas do Brasil (MMC) irá realizar no Parque da Cidade
em Brasília dos dias 18 a 21 de fevereiro o 1° Encontro Nacional do
Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil.
Para as 3000 camponesas esperadas para o evento estão previstas
intervenções culturais, mostra de produção das mulheres camponesas e
plenárias que debaterão a produção de alimentos saudáveis, o combate à
violência contra as mulheres e o feminismo, além de uma mobilização
contra a violência a ser realizada no encerramento do encontro, no dia
21 de fevereiro.
Segundo Letícia Pereira, militante e relações públicas do MMC, a mulher
camponesa da atualidade ainda sofre com a supressão dos direitos
trabalhistas, que preveem o trabalho com carteira assinada, remuneração
de acordo com a atividade exercida, férias e licença maternidade.
"Pretendemos com o encontro enfatizar o assunto dos direitos
previdenciário e trabalhista e discutir políticas públicas que favoreçam
a produção de alimentos saudáveis e a comercialização dos produtos
feitos pelas camponesas, gerando renda e autonomia financeira para as
mesmas”, afirma.
Já estão confirmadas as presenças de Organizações de Mulheres
Internacionais dos países de Cuba (Federação de Mulheres Cubanas),
Honduras (Conselho para o Desenvolvimento Integral das Mulheres
Camponesas), Colômbia (Federação Nacional Sindical Unitária
Agropecuária), Venezuela (Frente Nacional Campesina Ezequiel Zamoura),
Chile (Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas), Paraguai
(Coordenadora Nacional de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e
Indígenas), República Dominicana (Confederação Nacional de Mulheres do
Campo), Itália (Universidade de Verona) e África (União Nacional de
Camponeses de Moçambique e uma articuladora de organizações de
camponeses da África do Sul - TCOE).
O Movimento das Mulheres Camponesas é o resultado da articulação de
vários movimentos sociais femininos do campo. O movimento defende as
trabalhadoras do campo no que diz respeito à igualdade de direitos,
produção agroecológica de alimentos, valorização e valoração do
trabalho, garantia de geração de renda e autonomia para as famílias do
campo, dentre outros. Ele pode ser melhor conhecido, bem como a
programação do Encontro Nacional em http://www.mmcbrasil.com.br/.
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