quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ASA propõe estratégias de convivência com o Semiárido para Plano do MDA






Elaborar e implementar uma política de ações produtivas para as famílias de agricultores e agricultoras do Semiárido brasileiro para o período pós-seca. Essa é a proposta do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), que após analisar as consequências da longa estiagem na região decidiu convidar representantes da sociedade civil e de órgãos do governo para contribuir na elaboração de um Plano de Ação Produtiva para o Semiárido. Na ocasião, o coordenador da organização Centro Sabiá, Alexandre Pires, representou a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).

A construção de um plano para o Semiárido brasileiro surgiu após a presidenta Dilma Rousseff se reunir com prefeitos de municípios onde a escassez de água prejudicou famílias de agricultores que perderam alimentos e sua criação de animais, principalmente o gado. Como propostas para o Plano de Convivência a ASA propôs o fortalecimento das estratégias de estoque de água para produção de alimentos, a partir da criação de bancos de produção de proteínas e forragens para os animais e de bancos de sementes para garantir a autonomia das famílias; a recuperação de rebanhos de caprinos, ovinos e de aves; propostas de Assistência Técnica e Extensão Rural para agroecologia com foco na convivência; e a Reforma Agrária para o Semiárido, sendo a terra o elemento fundamental para as famílias desenvolverem atividades produtivas.

“Tivemos uma conversa muito boa, de mais de duas horas. Ao longo de sua caminhada a ASA tem estratégias e ações para a convivência com o Semiárido que podem contribuir com este Plano. É preciso se pensar em recursos para as famílias recomporem seus rebanhos, pois elas venderam tudo pela falta de água. Então tem que se recompor o capital dessas famílias - que são os animais – para que se transforme em um recurso rápido e disponível.

Segundo Alexandre, a ASA defende a participação da sociedade civil na elaboração do Plano  em composição com os governos locais. A ASA se colocou à disposição para contribuir com dados e propostas para fomentar a elaboração. Esse Plano tem que ser algo compatível com o que as organizações vêm realizando ao longo desse tempo”, conclui.

Além da ASA, o Ministério do Desenvolvimento Agrário já ouviu a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Projeto Dom Helder Câmara e o Instituto Nacional do Semiárido (INSA). A reunião desta quinta (07), contou com a presença do secretário executivo do MDA, Laldemir Müller; com o assessor para Políticas do Semiárido do MDA, Jerônimo Rodrigues Souza; e a secretária de Desenvolvimento Territorial, Andréa Butto.

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