Técnica permite combater pragas agrícolas. Marcadores: Agricultura, Agroecologia, Meio Ambiente
Pode até parecer filme de ficção, mas esta estratégia já é realidade nas pesquisas sobre pragas de grande importância econômica para o Brasil, que atacam culturas como hortaliças, citros, trigo, tomate, arroz e espécies florestais.
O monitoramento eletrônico EPG (Electrical Penetration Graph) pode ser utilizado tanto para avaliação da resistência de plantas a insetos como também para estudo da transmissão de viroses e resposta dos insetos a toxinas, como inseticidas. Os resultados deste tipo de pesquisa podem trazer novas orientações ao manejo integrado de pragas (MIP).
Funcionamento
O trabalho é feito dentro de uma gaiola Faraday (com isolamento elétrico). Com auxílio de uma lupa, fios de ouro são colocados nas costas dos insetos e conectados a um aparelho que faz a leitura dos eletrodos. Os insetos são colocados em folhas ou ramos do seu hospedeiro, que podem ser diversas espécies de plantas e o aparelho vai fazer a leitura. Esta leitura é transferida para um computador que transforma a informação em “ondas”, as quais são previamente determinadas para cada grupo de inseto sugador. Por exemplo, há uma onda específica para quando o inseto está somente inserindo o estilete na planta (como se estivesse provando o alimento), outra quando atinge o floema (que é quando efetivamente suga a seiva). Também são registrados o tempo de duração de cada procedimento.
Estas informações ajudam a entender melhor a resposta do inseto a determinados fatores e mesmo mostrar, por exemplo, se ele ataca melhor uma espécie de planta ou outra. Isso subsidia novas pesquisas para entender a diferença entre as espécies cultivadas e que ações podem ser tomadas para evitar a praga, como por exemplo, o melhoramento genético, clonagem ou mesmo alterações na forma de manejar os cultivos.
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