sábado, 20 de maio de 2017

Crise política barra andamento das reformas trabalhista e previdenciária no Congresso








A grave crise institucional vivida pelo governo desde a divulgação do escândalo envolvendo o presidente Michel Temer suspendeu o andamento das reformas trabalhista e previdenciária no Congresso Nacional.

O relator da reforma trabalhista, Ricardo Ferraço (PSDB- ES), suspendeu a tramitação do projeto, o PLC 38/2017, no Senado Federal. "A crise institucional que estamos enfrentando é devastadora e precisamos priorizar a sua solução", diz o comunicado.

O plano da base aliada do governo era apresentar o relatório da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) já na semana que vem e a votação era prevista até a segunda quinzena de junho. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) diz que a interrupção dos trabalhos é estratégica para que um outro comando para conduzir as reformas seja providenciado.

"O capital e a elite brasileira estão em busca acelerada por alguém que faça as reformas que acabam com os direitos da população. E esse alguém não é mais Michel Temer".

Previdência
O mesmo ocorreu com a reforma da Previdência. Nesta quinta (18), o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, deputado Arthur Maia (PPS-BA), anunciou a suspensão da tramitação da PEC porque o "cenário crítico, de incertezas" não permite avançar na discussão do projeto. Confira nota divulgada por Arthur Maia.

"Nota à imprensa: ao longo da semana, tivemos a clara impressão de que as inúmeras notícias positivas divulgadas pela imprensa apontavam para um futuro melhor para o nosso País. Não tenho dúvidas de que a expectativa da Reforma da Previdência para a qual trabalhei com tanta determinação, sempre com norte de diminuir privilégios e garantir os benefícios aos mais necessitados, contribuiu para esse cenário de esperança.

De ontem para cá, a partir das denúncias que surgiram contra o presidente da República, passamos a viver um cenário crítico, de incertezas e forte ameaça da perda das conquistas alcançadas com tanto esforço.

Certamente, não há espaço para avançarmos com a Reforma da Previdência no Congresso Nacional nessas circunstâncias. É hora de arrumar a casa, esclarecer fatos obscuros, responder com verdade a todas as dúvidas do povo brasileiro, punindo quem quer que seja, mostrando que vivemos em um país em que a lei vale para todos. Só assim é que haveremos de retomar a Reforma da Previdência Social e tantas outras medidas que o Brasil tanto necessita".
FONTE: Com informações da Agência Câmara

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