Foto: Ascom/MDA
As mulheres foram maioria na Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário do Rio Grande do Norte, realizada nesta segunda (9) e terça-feira (10). Dos 137 delegados que participaram do evento, 89 eram mulheres, o que representa 65% dos presentes. Entre as 40 proposições votadas para compor o documento de propostas para a Conferência Nacional, os potiguares elegeram a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) destinada para mulheres como ponto principal.
Segundo a coordenadora-geral de Acesso à Terra e Cidadania da Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais (DPMR), Isolda Dantas, a participação maciça das mulheres qualifica o debate do desenvolvimento rural no estado. “É uma grande conquista! Prova que é um estado em que as mulheres estão organizadas e reflete nesses espaços de participação social”, garantiu.
O Rio Grande do Norte vai levar para a Conferência Nacional a proposta de que 50% dos serviços de Ater prestados sejam destinados à mulher. “Com essa atitude, o estado fortalece a autonomia econômica das mulheres, reafirma a identidade das agricultoras familiares e garante a participação feminina na produção”, avaliou Isolda.
Além da Ater para mulheres, juventude rural, convivência com o semiárido e acesso à terra foram outros pontos estruturantes da pauta. “Nós tratamos também sobre economia rural, crédito para os agricultores e espaços de debate sobre o desenvolvimento do estado por territórios”, afirmou o delegado do MDA no Rio Grande do Norte, Raimundo Sobrinho.
Além dos debates para fortalecer o rural do estado, os presentes elegeram os 34 delegados que vão representar o Rio Grande do Norte na Conferência Nacional. Destes, 17 são mulheres, respeitando a paridade entre gêneros, uma das premissas das conferências. A etapa estadual foi precedida por 10 encontros territoriais. Deles, saíram 400 propostas que foram votadas e colocadas em um documento com 40 proposições.
Delegados
Uma das 17 mulheres que virão para Brasília, para a Conferência Nacional, é Francisca Viana, de 40 anos. Natural de Mossoró, Neneide, como gosta de ser chamada, se sentiu honrada de estar no grupo de delegados que vai representar o estado. “Eu fiquei muito feliz. É o espaço onde nós poderemos expor problemas e soluções e tentar melhorar a vida de quem vive aqui no Rio Grande do Norte”, destacou.
Neneide ressaltou que a participação de mulheres em eventos como esses são fundamentais para a inclusão social feminina. “Nós mulheres sonhamos com um desenvolvimento rural que nos inclua como importantes. Isso já está acontecendo aos poucos, mas precisamos nos colocar perante a sociedade, o que verdadeiramente somos”, salientou a agricultora.
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