sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cultivo de palma é saída para o semiárido na estiagem


 
 
Um volumoso rico em energia e capaz de substituir o milho, mas que é pouco cultivado no Rio Grande do Norte, a palma forrageira é apontada como opção para nutrir os rebanhos ovinocaprino e bovino em períodos de estiagem. Para estimular pecuaristas a adotarem esse tipo de ração, o Sebrae no Rio Grande do Norte promoveu palestras sobre o os custos e rendimentos do cultivo intensivo da palma, no Espaço Empreendedor, na Festa do Boi.
A experiência do produtor Alexandre Medeiros foi apresentada aos participantes da capacitação. O agrônomo tem uma propriedade no município de Angicos, na região Central do estado, onde a seca castiga os pastos, e resolveu apostar no cultivo da palma forrageira de forma adensada e com irrigação. Os testes duraram 22 anos, mas o pecuarista chegou a uma forma de manejo adequada dos quatro hectares plantados. Ele consegue obter anualmente mais de 600 toneladas por hectare. Tudo isso utilizando pouca água.
“Com uma adubação favorável e um bom manejo consegue-se alta produtividade. Vejo a palma como uma das principais alternativas de produção de alimentos para o semiárido e uma opção para o pequeno produtor”, sugere Alexandre Medeiros. É com o farelo da palma (desidratada) ou com planta em estado natural que o produtor alimenta dois mil caprinos e 150 cabeças de gado bovino.

MDA assina novos contratos do PAC 2 para fornecimento de retroescavadeiras


MDA assina novos contratos do PAC 2 para fornecimento de retroescavadeiras

Foto: Andrea Farias/MDA
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) assinou, na tarde desta quinta-feira (27), contratos para o fornecimento de retroescavadeiras com as quatro empresas que venceram a licitação do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2) –  Case New Holland, Random Veículos, JCB e Caterpillar. A compra das máquinas é uma continuação da segunda etapa do Programa, que tem orçamento de mais de R$ 1 bilhão já aprovado pelo Congresso Nacional, e irá entregar outras 3.591 retroescavadeiras e 1.330 motoniveladoras em todo o País.
“Esse é um passo importante no nosso objetivo que ao mesmo tempo busca estimular a indústria nacional e visa melhorar e atender a agricultura familiar por meio da recuperação da estrutura viária das estradas vicinais do meio rural”, ressaltou o secretário-executivo do MDA, Laudemir Müller.
A compra, feita pelo governo federal, representa cerca de 50% do mercado de motoniveladoras e retroescavadeiras brasileiro, ou seja, para cada dois equipamentos produzidos, um é demandado por essa ação. Além do fornecimento das máquinas, as empresas se comprometem a qualificar o usuário da máquina, fornecer manutenção e assistência técnica. O início da entrega do maquinário está previsto para a segunda quinzena de janeiro.
Com isso, a ação alcançará todos os municípios que se inscreveram para recebimento das máquinas nesta etapa. A adesão foi de 96% dos 4.855 municípios brasileiros com até 50 mil habitantes situados fora de regiões metropolitanas. A distribuição das máquinas visa melhoria e construção de estradas vicinais, permitindo melhor escoamento da produção e promovendo qualidade de vida às mulheres e homens que vivem no meio rural.
 Mais Estradas
Dentro da segunda etapa do PAC 2, o Ministério do Desenvolvimento Agrário entregou, entre dezembro de 2011 e julho de 2012, 1.275 retroescavadeiras a 1,3 mil municípios brasileiros. O investimento de cerca de R$ 211 milhões beneficia mais de 60 milhões de pessoas, entre as quais 3,5 milhões de famílias de agricultores. Juntas, as duas etapas representam a compra de 6.608 máquinas e um investimento de R$ 1,4 bilhão do MDA.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Biólogo diz que rio São Francisco pode ser extinto

fonte do blog de fernando a verdade

http://www.robsonpiresxerife.com/
Após quatro anos de monitoramento do rio e das obras de transposição de parte das águas do São Francisco, o biólogo José Alves Siqueira, 41, e outros 99 pesquisadores alertam: o rio está em processo de “extinção inexorável”.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL




A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

SÃO OS SINCEROS VOTOS DA DIRETORIA DO STTR DE ANGICOS/RN

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Prêmio Mandacaru reconhece projetos inovadores de convivência com o Semiárido

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 10 de janeiro de 2013. Os prêmios variam de R$ 50 a R$ 150 mil reais
Gleiceani Nogueira - Asacom
Associações de agricultores e agricultoras familiares, instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil e entidades governamentais que desenvolvem ações bem-sucedidas no Semiárido podem participar do Prêmio Mandacaru - Projetos e Práticas Inovadoras em Acesso à Água e Convivência com o Semiárido. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 10 de janeiro de 2013. 

O prêmio foi lançado no dia 22 de novembro, durante o VIII Encontro Nacional da ASA (EnconASA), realizado em Minas Gerais. O objetivo é promover a produção de conhecimento e o desenvolvimento de ações inovadoras e exitosas em prol da convivência solidária e sustentável com o Semiárido brasileiro. O Prêmio tem como tema “Acesso, Manejo e Qualidade da Água” e está dividido em quatro categorias: Experimentação no Campo, Práticas Inovadoras, Pesquisa Aplicada e Gestão Inovadora.

Os vencedores vão receber como premiação apoio financeiro, além de diploma honorífico. Os prêmios variam de R$ 5 mil a R$ 150 mil, dependendo da categoria e classificação de cada projeto/prática e devem ser investidos na replicação dos mesmos.

O Prêmio Mandacaru- Projetos e Práticas Inovadoras em Acesso à Água e Convivência com o Semiárido faz parte do Programa Cisternas, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID)/Fundo Espanhol de Cooperação para Água e Saneamento (FCAS), Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS) e executado pela Catavento Projetos e Consultoria Ltda.

As inscrições podem ser feitas de duas formas: por remessa postal: via SEDEX, preferencialmente, mediante registro ou equivalente; dirigida à Comissão Organizadora do Prêmio Mandacaru – SHIS, QI 05, Conjunto 17, casa 20, Lago Sul - Brasília/DF – CEP. 71.615.170; ou por e-mail, com encaminhamento de documentos em meio digital para o endereço: premiomandacaru@iabs.org.br. O resultado das entidades vencedoras será divulgado no dia 25 de janeiro de 2013 no endereço eletrônico: www.iabs.org.br/premiomandacaru.

Consulte aqui a documentação exigida no regulamento do Prêmio ou acesse http://www.iabs.org.br/projetos/premiomandacaru

VENDA DE MILHO SUBSIDIADO NO NORDESTE PODE SER PRORROGADA NOVAMENTE



A venda do milho na Região Nordeste, com preços mais baixos do que os cobrados no mercado, que foi prorrogada até fevereiro de 2013, pode se estender por mais tempo. A possibilidade de amplicação do prazo foi sinalizada hoje (20) pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. A medida tem minimizado os prejuízos dos...
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

2013: prognóstico é de chuvas abaixo do normal


http://www.robsonpiresxerife.com/

O período de janeiro a março de 2013 terá um regime de chuvas “entre normal e abaixo do normal”. Esse foi a conclusão de meteorologistas de vários estados, reunidos desde a última segunda-feira em Campina Grande, acerca dos primeiro trimestre do próximo ano. A reunião faz parte de uma série de encontros periódicos entre meteorologistas, pesquisadores e técnicos acerca da previsão climática para o semiárido. Segundo o

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Recesso de final do ano da CONTAG


Como faz anualmente, a diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) comunica ao público em geral e às entidades da administração pública e iniciativa privada, que entrará em recesso a partir de 12 horas do dia 19 de dezembro de 2012, retornando às atividades regulares no dia 07 de janeiro de 2013.

A CONTAG também deseja um Feliz Natal e um 2013 de muitas realizações, saúde e paz para todos(as).

Diretoria Executiva da CONTAG
FONTE: Diretoria da CONTAG

O longo e desafiador ano de 2012 para a ASA

Ano de seca, de eleições municipais, de conquistar espaço como sociedade civil junto ao governo federal. Esse cenário exigiu da ASA uma postura ainda mais dinâmica e enfática quanto à defesa da convivência com o Semiárido.
Verônica Pragana - Asacom
Moreno - PE

Naidison Baptista, coordenador executivo da ASA pelo estado da Bahia | Foto: Andre Telles
2012 foi longo e cheio de desafios para a ASA. Foi um ano que começou logo após a ameaça de ruptura com o seu maior parceiro, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em dezembro de 2011. Foi ano de eleições municipais e da maior seca das últimas três ou quatro décadas. Mas todos estes desafios trouxeram aprendizados para a ASA, que se vê hoje – sob os olhos do coordenador executivo pelo estado da Bahia, Naidison Baptista – com muitos aprendizados, principalmente na relação de parceria crítica e autônoma com o governo federal.

Com relação à seca, o desafio de enfrentá-la é, ao mesmo tempo, a comprovação de que a estratégia de convivência é a única que possibilita a vida na região. “O recado da seca é simples. Ela mostra, mais uma vez, que o Semiárido é viável. Não mostra que é inviável. Mostra que é viável, desde que haja política de convivência com o Semiárido”, assegura Baptista.

O coordenador falou também do que ano de 2013 pede para as mais de mil organizações da Articulação e revelou o sonho de unir vários ministérios e parceiros em prol de um projeto que amplie e potencialize os bancos de sementes crioulas do Semiárido a partir do ano que vem. Confira a entrevista!

Asacom – Terminamos o ano passado mobilizando 15 mil pessoas em Petrolina e Juazeiro para protestar contra a ruptura da parceria da ASA com o governo federal. Hoje, um ano depois, como o senhor avalia esta caminhada com as conquistas e desafios que surgiram?
Naidison -
Na história da ASA temos alguns elementos que são importantes dos quais a gente não abre mão. Um é a perspectiva da convivência com o Semiárido. ASA não quer projetos, ASA não tem recursos, ASA não quer captação de dinheiro para ela. A ASA quer a implementação de políticas públicas de convivência com o Semiárido, que torne o Semiárido um local digno e justo para se viver. A ASA investe não apenas na perspectiva das cisternas e da água da produção e de outros processos, mas também na execução, mostrando que isso é possível e é real. No ano passado, na iminência do rompimento com o governo federal, havia não a iminência do rompimento de projetos e de convênios, mas desta construção, desta concepção, desta perspectiva.

E eu acho que foi importante que nós pudéssemos nos colocar em duas dimensões: uma que foi reafirmar que queríamos, fazíamos questão, estávamos dispostos a ser parceiro do governo. Uma segunda perspectiva seria reafirmar que nós, autonomamente, não concordaríamos com as questões e posições que o governo colocava. Nós reafirmamos a perspectiva da construção de uma parceria crítica, autônoma, a serviço do Semiárido, e não a serviço do governo A ou B, a serviço da população do Semiárido! E acho que isso foi muito importante porque fez a ASA aparecer como uma propositora de política, executora de política, questionadora de política.

A outra dimensão é que nós temos investido, desde 2003, numa execução transparente, correta, que não reste dúvidas que nós efetivamente fizemos o que nos propomos. Se o governo dizia que não tinha analisado nossas prestações de contas ( isso era um problema do governo e não nosso porque nós tínhamos feito a prestação de contas), quando ele foi fazer as vistorias, fazer as visitas, constatou que tudo o que havíamos dito era verdade. Ele constatou que nós somos um parceiro bom, eficiente, competente e nós entregamos inclusive a mais do que nós contratamos.

Essas duas dimensões de sermos autônomos e críticos e a dimensão da execução efetiva e boa, com qualidade comprovada e transparência das nossas ações, mostraram que a ASA é um excelente parceiro para o governo. E é isso que estamos vendo hoje. O governo reconhece que somos um excelente parceiro. Primeiro, porque abriu seleções públicas e nós ganhamos incontestavelmente. Não ganhamos por favor, ganhamos pela situação que temos e pela experiência que temos. Segundo, celebramos o termo de parceria em junho e julho [2012], e estamos na reta final destes termos. Então isso é muito importante para nós e para o governo. E isso acontece por causa da rede que a ASA possui, por causa da imensa capilaridade que a ASA possui e por causa da capacidade administrativa e gerencial que a Articulação encontrou.

Nós não brincamos no serviço quando uma organização não cumpre corretamente aquilo que são as suas obrigações. Acho que hoje estamos colhendo os frutos da nossa ação, ações administrativas, financeiras, gerenciais, organizativas e políticas na ponta. E isso não é da ASA, isso é do Semiárido. Nós não estamos fazendo para nós. Estamos fazendo para que as pessoas do Semiárido tenham água, que era concentrada e agora é partilhada, tenham água de produção, que era concentrada e agora é partilhada, possam ter banco de sementes, possam ter processos de produção que não são transgênicos e não são cheios de processos contaminados. Nós estamos construindo a perspectiva de uma nação que tem um Semiárido decente.

Asacom – O ano de 2012 exigiu da ASA clareza e posicionamentos firmes na relação com o poder público. Realizamos campanhas de mobilização social a favor do voto limpo e contra as cisternas de plástico. Quais os aprendizados da ASA com relação ao exercício do controle social do estado?
Naidison –
A história da ASA mostra um aprendizado interessante. Primeiro, que nós não podemos realizar políticas públicas se não nos relacionamos com o poder público, com o governo e com o Estado. Aquela história de organizações sociais sozinhas, fazendo ações isoladas, isso não existe. Naquela perspectiva estamos no projeto, nunca passamos para a política. As políticas exigem muito mais recursos, a universalização dos processos e muitas outras dimensões.

Os projetos, eu posso colocá-los num nincho, olhá-los belos e bem executados, mas eles são para poucas pessoas. A política é para todas as pessoas daquela região. A história foi de sair dos projetos de cisternas de consumo humano e de projetos de água para produção a política de cisternas para consumo humano e da política de água para produção. E agora queremos passar para as políticas de sementes. Fazendo o quê? Projetamos a nossa prática e dissemos que ela pode ser política. O que é que aconteceu? Aconteceu que nós fazíamos – se tomarmos como exemplo o MOC, organização que coordeno – 400 cisternas por ano. Esse ano de 2012, estamos fazendo 4.500. Então mudamos radicalmente o processo. Ainda temos que prestar atenção em não perder a qualidade, mas em ganhar em quantidade e em perspectiva de execução, e se projetar na dimensão da política.

Mas, para eu fazer isso, eu preciso do recurso público, do recurso que é meu, da população, e que está na mão do governo. Eu tenho que buscá-lo. Eu não que ter o puritanismo de dizer aquilo é recurso público eu não quero. Não, aquilo não é recurso do governo A ou governo B, aquilo é recurso da população e eu quero aquele recurso aplicado naquela direção. A ASA descobriu essa estrada, que é muito importante. Ao descobrir esta estrada, ela tem que se relacionar obrigatoriamente com o governo municipal, federal, estadual, seja lá o que for. O importante é que, ao se relacionar com o poder público, ela não perca sua autenticidade, não perca a dimensão de seus princípios.
Então, vamos supor, quais são os princípios da ASA? É a convivência com o Semiárido, é o protagonismo da população do Semiárido. Então tudo o que vier e não esteja colocando a população da região como protagonista e na perspectiva da convivência, não temos que aceitar, mesmo que tenha rios de dinheiro, e nós temos que denunciar.

Nós fizemos isso quando o MDS insinuou que não faria mais o termo de parceria conosco. Nós botamos a boca no trombone e botaremos novamente se as circunstâncias assim pedirem. Nós fizemos isso em relação ao processo do voto. As pessoas tem que saber que os votos delas não são para trocar por água. E a gente tem que construir uma mentalidade e uma concepção nesta dimensão. A ASA avalia que ela tem um papel chave nisso e teve. Por esta campanha, muitas pessoas que iam comprar votos foram denunciadas e deixaram de comprar e muitas pessoas que nem tinham pensado no assunto, deixaram de vender seus votos. Não interessa se foram 200, 300, 400. Se não eram milhões, da outra vez a gente ganha milhões. Agora, nós ganhamos 400 e são 400 pessoas que contam na perspectiva da convivência com o Semiárido.

E as cisternas de polietileno, que são tudo menos convivência com o Semiárido. Elas são combate à seca, elas são para engordar empresas que lucram, elas marginalizam a população, que recebe pacotes prontos, o comércio local não é envolvido, não nos interessa essa perspectiva. Infelizmente, o governo aposta nisso. Inclusive, aposta numa perspectiva mais cara. Porque se a nossa cisterna é R$ 2.200,00, 2.300,00, elas são de R$ 5.000,00. É depredação de recurso público. Dissemos isso à ministra [Tereza Campello], dissemos isso ao ministro Gilberto Carvalho, dissemos isso aos jornais, à televisão, diremos isso à presidente Dilma, diremos isso a quem quer que seja. Porque é o nosso recurso que está sendo mal utilizado e não é convivência com o Semiárido, é a velha prática do combate à seca.

Somos parceiros do governo? Somos. Somos parceiros do MDS? Somos. Somos parceiros do MDA? Somos. Somos parceiros do MMA? Somos. Podemos ser parceiros de outros ministérios? Nenhum problema. No EnconASA [Encontro Nacional da ASA, realizado em novembro, em Minas Gerais] havia vários ministérios lá dentro. Agora o que estiver fora da perspectiva da convivência com o Semiárido, nós vamos denunciar, vamos bater, questionar, civilizadamente, não vamos pegar nenhuma arma e atirar, não vamos matar ninguém, mas vamos bater a partir dos argumentos. Esse é o nosso papel. O papel da sociedade civil na construção de políticas públicas.

Asacom - Esse jeito da ASA de se relacionar com o poder público pode servir de exemplo para outras articulações ou redes da sociedade civil?
Naidison –
A ASA tem algumas nuances. Primeiro não representa nenhuma categoria, não é um sindicato, não é uma associação, no sentido de que representa agricultores, produtores, mulheres. A ASA não representa categoria nenhuma, porque ela nasceu como organização plural. Todo mundo se sente dentro da ASA. Ela representa o quê? Os anseios, a busca e a perspectiva de construção de um Semiárido justo para a sua população. À medida que ela representa isso, as pessoas que vêm nesta dimensão se inserem na ASA, as organizações que vêm nesta dimensão se inserem na ASA, e é por isso que a ASA aglutina as mais variadas cores, matizes, perspectivas na dimensão da convivência com o Semiárido.

A ASA não representa a busca de salários das pessoas, a ASA não representa a busca do plano de cargos das categorias. O nosso campo é o da construção de políticas de convivência. E conseguimos nos projetar no país nesta direção. Não existe nenhum debate sobre o Semiárido que não chamem a ASA. Nós somos respeitados como alguém que tem uma palavra importante a dizer a respeito do Semiárido. Isso é importante de um lado. De outro lado, nós desenvolvemos uma metodologia que é a seguinte: à ASA não interessa apenas denunciar. Nós queremos denunciar, propor e fazer. O discurso que é apenas de denúncia não existe dentro da ASA. Existe aqui e ali, mas quando ele vai sendo depurado, ele desaparece. A ASA não quer apenas dizer: isto não serve pra aquilo. Não é isso. Nós queremos dizer: isso não presta, mas em lugar daquilo, nós podemos fazer assim, assim, assim e assim. Por isso, nos tornamos respeitados. Porque não somos alguém que apenas diz o que não quer. Nós somos aqueles que dizem o que quer e como quer, em que metodologia queremos, em que princípios e com que custos. A partir daí, nós somos respeitados no processo de negociação. Porque não trazemos um conjunto de ideias. Nós trazemos um conjunto de ideias operacionalizadas.

Se eu debato as sementes, nós vamos trazer uma proposta de como vamos operar as sementes crioulas, com que custo, com que quantidade de pessoas, aonde. Quando apresentamos isso nos diferenciamos de um conjunto de outros que apenas dizem: “eu não quero as sementes transgênicas”. A ASA diz: “eu não quero as sementes transgênicas. Eu quero as sementes crioulas. Mas eu quero operar as sementes crioulas dessa maneira. Então, nos tornamos referência porque propusemos políticas, executamos estas propostas e estamos abertos a receber críticas e avaliações com relação a isso. Essa é a filosofia da ASA e assim nos diferenciamos de outras organizações que avalio que têm seu papel no processo da denúncia.

Asacom – Trabalhar nesta perspectiva no atual contexto de criminalização das ONGs e junto a um governo que tem um regime federativo, de repasse de recursos para os estados e municípios, e menos para a sociedade civil, é um desafio muito grande...
Naidison –
É um desafio muito grande, mas vamos ganhando aos poucos. Há um ano o governo federal queria trabalhar com as cisternas só através dos estados. No decorrer do tempo, fazendo a chamada pública, nós ganhamos, fomos contratados em junho e julho, estamos entregando o produto. E, ao mesmo tempo, nós fomos capazes – e essa é uma outra característica da ASA – de ocupar as chamadas públicas realizadas pelos estados. Na medida em que nós executamos em nível federal e dos estados, nós mostramos ao governo que sem a gente ele não vai, a não ser que ele queira a de polietileno. Mas, com a de polietileno, ele não vai muito longe. Daqui a pouco vai começar a explodir os problemas das cisternas de polietileno. E não vou me adentrar em quais são, mas não vai demorar muito tempo para elas aparecerem.

Por uma via direta ou indireta, a ASA está ocupando praticamente 80% dos espaços e o governo vai ter que reconhecer. Porque um governo que se diga democrático não pode trabalhar sem a sociedade civil e mais, na perspectiva da erradicação da pobreza, se abdicar de trabalhar com a sociedade civil, o governo federal não chega na ponta. Esse é o desafio do governo federal e ele já está sentido isso em muitos programas. O bolsa família, não. Cadastrou, recebeu. Agora, o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], alimentação escolar, cisternas, cisternas de produção e um conjunto de outras ações, sem a sociedade civil, ele não chega não. Se ele quiser experimentar, cabe a ele tentar fazer.

Asacom – A atual estiagem é a primeira grande seca da história da ASA. O que esta grande seca diz sobre a estratégia de convivência com o Semiárido que adotamos?
Naidison –
Essa seca diz algumas coisas muito interessantes. Primeiro, eu não gostaria de olhar a ação da ASA de forma isolada, ela está dentro de um contexto. Esta seca é uma seca diferente. Por quê? Por que as famílias têm o Bolsa-Família, o Bolsa-Estiagem, um conjunto de programas federais que, de uma maneira ou de outra, capengamente ou não, chegam às pessoas. Esse conjunto de programas federais modifica a relação das pessoas com a seca. Uma coisa é, há 12 ou 15 anos, uma seca que as pessoas faziam filas para receber víveres, gêneros alimentícios, uma lata de água de 10 litros. Você não viu isso, nesta seca, em lugar nenhum porque ou as pessoas têm um mínimo para viver – e aí entra o Bolsa-Família e o Bolsa-Estiagem. Então, essa dimensão é importante da gente olhar.

O segundo elemento é que esta seca, quando ela começa a acontecer, nós já temos construídas pela ASA, pelos estados, pelos parceiros do governo federal, cerca de 500 mil cisternas. São 2 milhões e meio de pessoas com acesso à água. Mesmo que não chova e essas pessoas tenham que brigar pelo reabastecimento das cisternas, isso não é um blocão que acontece de uma vez só, aqui não choveu, ali choveu menos, em outros cantos choveu diferente. Então temos uma população que tem o abastecimento básico. E isso ajuda a população a conviver e a resistir. Vamos pensar que são 500 mil famílias que não tinham esse relacionamento e não tinham esse instrumental de convivência e agora possuem ou mais.

Essas mesmas 500 mil famílias – nós sabemos de vários fenômenos como esse que vou contar – foram várias vezes à prefeitura para dizer “nós queremos o abastecimento das cisternas da comunidade”. A prefeitura foi lá e abasteceu cinco ou dez cisternas numa comunidade e as pessoas disseram “podem ir embora, quando acabar esta água nós vamos lhe procurar”. Então é uma relação de autonomia, cidadania e independência que não existia antes. O que existia era uma pessoa na fila com a lata de 20 litros. E o que existe agora é um conjunto de famílias com dez cisternas de 16 mil litros, o que significa 160 mil litros de água, dizendo: “nós somos capazes de gerenciar a água da comunidade. Pode ficar tranquilo, não venha pra cá, não traga vereador, não traga político, não traga fazendeiros, nós gerenciaremos. Quando precisar, nós voltamos a você.” Então, nós criamos uma outra dimensão de cidadania no Semiárido e isso foi criado a partir das cisternas. Esse é um outro elemento importantíssimo e que se multiplicou em muitas comunidades, pena que a gente não teve a capacidade de registrar em que dimensão isso esteve presente.

Essa seca mostra uma outra coisa. Que o agricultor que não tem nenhuma perspectiva de convivência com o Semiárido, aquele agricultor tradicional, que está na frente de trabalho, está pedindo coisas aos políticos. Já o agricultor que recebeu uma assistência técnica na perspectiva da convivência com o Semiárido, que têm as cisternas de consumo humano, a cisterna-calçadão, é outro tipo de gente. Existem reportagens mostrando que esse tipo de agricultor, é um tipo de agricultor que hoje está vivo, apesar da seca.

Nós estaremos numa entrevista do Canal Saúde com o agricultor Abelmanto, de Riachão do Jacuípe [município da Bahia]. Abelmanto nós já visitamos em várias circunstâncias, inclusive, há 15 dias, com um grupo de pessoas do Unicef e ele disse abertamente “eu tenho água até final de março ou metade de abril. Água para os meus animais e água para consumo humano. Eu não quero carro-pipa, eu não quero abastecimento de nada. Eu só deixei de plantar coisas que dependiam da irrigação, mas meus animais estão vivos, têm alimentos, eu [os] vendo, eu tiro leite.” É um cara que dentro de 40, 30 hectares que é o [tamanho do] terreno dele, desenvolveu um processo de convivência com o Semiárido. Ele é capaz de guardar água para consumo humano, para produção, de guardar semente, feno para fazer silagem. Nós temos como ele, milhares de outros que passaram pela seca intocados, é claro que tiveram dificuldades, mas não foram para nenhuma fila mendigando.

Finalmente, podemos dizer que a seca diz que a estratégia certa é a que nós propomos, a estratégia da convivência e não da perspectiva do combate à seca, porque torna os agricultores mais vulneráveis e, por conseguinte, incapazes de resistir. E a estratégia de convivência torna os agricultores mais adequados à dimensão do clima e capazes de conviver.

O recado da seca é simples. Ela mostra, mais uma vez, que o Semiárido é viável. Não mostra que é inviável. Mostra que é viável, desde que haja política de convivência com o Semiárido.
Asacom – Com relação aos programas da ASA, 2012 foi desafiador porque houve uma diminuição no tempo de execução e um aumento das unidades gestoras. Como foi esta experiência?
Naidison – Foi e está sendo um aprendizado muito duro, muito difícil porque para executar as metas da seleção pública tivemos que ampliar organizações, investir na qualificação destas organizações. Algumas respondem e outras não respondem suficientemente. Nós tivemos que ser duros na condução do processo, o que nem sempre coaduna com a política da ASA de conversar, de debater. Tivemos algumas decisões mais radicais do ponto de vista gerencial e administrativo. Agora estamos saindo bem, tanto que estamos sendo chamados sem nova chamada pública para renovar os convênios com o MDS. E nossas prestações estão sendo aprovadas com alguns questionamentos, é normal, se nós movimentamos 100 organizações e R$ 140 milhões. Seria irreal, dizer que não temos problemas. Agora não temos problemas de falcatrua, de desvio de objetos, de dizer que não cumprimos as metas, enfim, não temos problemas de fugir do essencial. Nós estamos buscando nos aperfeiçoar. Estamos nos projetando para 2013, não com o mesmo número de organizações, em vista da finalização do P1MC, mas com um número razoável de organizações, o que é muito bom.

Asacom – O P1MC não vai ser executado em 2013?
Naidison
– Vai. O P1MC tem mais uma etapa em 2013 e nós estamos com o aditivo aprovado com relação ao termo anterior para universalização de metas em determinados municípios. Nós teremos dois níveis de atuação no P1MC. A atuação em municípios novos e a atuação em municípios anteriores onde as metas alocadas pelo MDS foram insuficientes para contemplar todas as famílias. Por exemplo, o MDS alocou 200 cisternas em um determinado município e, na realidade, quando nós fomos para o campo, nós constatamos que são 350. Ou nós relocamos de outras partes, ou nós vamos fazer um aditivo de tempo, meta e recurso pra cumprir a universalização neste município. Nesta dimensão, a ASA concorda com a política do governo de universalização e vai colocar seus esforços na perspectiva desta universalização. Não porque é o governo Dilma, mas porque são ações que chegam e que ajudam que o direito das pessoas seja respeitado, no caso específico, o direito à água para consumo humano.

Asacom – Pensando nas organizações da ASA, o que senhor diria que 2013 está pedindo o que para a ASA?
Naidison –
2013 está pedindo, que independente de termos projetos ou não com o MDS, nós continuemos na perspectiva da convivência. E são muitas propostas. 2013 pede que ao passar as propostas de assistência técnica na porta das organizações, as organizações segurem, concorram aos editais, executem os editais, se projetem para ocupar estes espaços políticos. Isso é muito importante. A ASA não é só para cisternas.

2013 pede que as organizações olhem se elas têm know-how e expertise para trabalhar na dimensão da educação contextualizada para a convivência com o Semiárido. Temos muitas organizações e temos muitas oportunidades de trabalhar nesta dimensão. E isso é importantíssimo porque a gente começa a debater com a criança na escola que o Semiárido é viável. E não a criança só ter esse debate quando ficar adulta e frequentar as reuniões das organizações. Temos que começar lá, fazer com que a escola produza conhecimento para a transformação do Semiárido.

[2013] pede de nós que, se o PAA e o PNAE, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, passem na frente de nós, na nossa porta, e passa na porta de todo mundo, a gente ajude e elabore projetos para que as organizações dos agricultores vendam seus produtos. Que a gente entre na perspectiva do crédito adequado. Então, tem uma gama de ações imensas que independe da AP1MC [Associação Programa Um Milhão de Cisternas, oscip que gerencia os programa da Articulação]. A ASA não é a AP1MC.

Tem projetos de mulheres? Vamos entrar por aí. O MOC mesmo está entrando com três ou quatro projetos de mulheres que trabalham na perspectiva da organização produtiva das mulheres. Claro que não é só fazer com que as mulheres produzam isso ou aquilo, aí, por dentro, a gente debate a questão de gênero, protagonismo e as perspectivas todas do feminismo que a gente defende. Não é debater o feminismo pelo feminismo, mas o feminismo enraizado nas práticas que podem tornar as mulheres mais autônomas e mais independentes. Então, existem “N” possibilidades e oportunidades. O grande desafio da ASA, das suas organizações é não deixar passar isso e não ficar preso à AP1MC.

Na linha da AP1MC o desafio é terminarmos bem os termos que estamos trabalhando para celebrar até o final de 2012 e brigar pela dimensão das sementes. As sementes são uma dimensão que podemos agregar ao que a gente já faz. Vamos imaginar que um agricultor que teve a cisterna de consumo humano e teve os processos do P1+2 na perspectiva da produção e agora se insere na dimensão da semente, ele começa a criar um conjunto de ações de convivência do Semiárido.

A ASA vai brigar nesta direção e esta foi uma decisão do EnconASA. Nós vamos abrir debates com quem quer que seja pra trabalhar conosco a implementação de milhares de bancos de sementes no Semiárido. Se for o MDS, a gente saúda o MDS e deseja que ele venha. Se for o MDA, a gente deseja que ele venha. Se for a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], a gente deseja que ele venha. Se for o BNDES, que a gente sabe que eles estão cientes disso, eles são bem vindos, através dos seus projetos sociais. E o sonho mais alto é juntar todo esse povo num grande projeto de sementes nativas, crioulas, sementes da paixão, do que é que os agricultores chamam.

Agricultores não faltam, sementes não faltam, organizações não faltam. Falta apoio efetivo para que a gente possa transformar esta força numa grande alavanca para termos, no Semiárido, um imenso arsenal de bancos de sementes nativas, que seria o início da recuperação da biodiversidade do Semiárido e uma alavanca imensa e significativa na perspectiva da convivência. Isso o EnconASA jogou nos nossas ombros e vamos provocar isso onde quer que nós estejamos.

Asacom – Esse sonho das sementes é um sonho como o da cisterna de 16 mil litros foi um dia, há 12 anos...
Naidison
– Há 12 anos sonhamos com a cisterna de 16 mil litros. Nos chamaram de loucos e ainda bem que acreditamos na loucura. Hoje, nós estamos com o governo assumindo a isso na perspectiva da política. Ótimo. Não nos interessa a paternidade da cisterna. Interessa é que todas as pessoas tenham água para beber. Interessa é que a água de beber do Semiárido deixou de ser concentrada e foi partilhada, foi democratizada. Isso é a maior conquista da ASA nestes 12 anos. Se para fazer isso tivemos várias mãos. Ótimo! Queremos começar a semente nesta mesma dimensão e queremos dinamizar a água de produção nesta mesma perspectiva. E vamos conseguir fazer isso.

STTR DE ANGICOS REALIZA ASSEMBLEIA DE DELEGADOS PARA A PLENARIA DA FETARN

Neste sábado dia 15, foi realizado a assembléia do STTR de Angicos, a reunião iniciou as 09:00 horas, estiveram presentes dezenas de agricultores e agricultoras, para discutirem vários assuntos de interesse da categoria, o presidente IVANALDO ROGERIO, agradeceu a presença de todos e todas por terem comparecido a assembléia e falou do principal ponto de discução da reunião que foi a escolha dos delegados para participar da planaria da FETARN, em Natal/RN nos dias 15 e 16 de janeiro de 2012.
Em seguida as 10 horas foi também apresentado a previsão orçamentaria para o ano 2013.
Ao final foi o presidente IVANALDO ROGERIO, desejou a um feliz natal e prospero ano novo a todos e todas e em seguida todos fizeram uma oração para melhorias em 2013.

 PRESIDENTE DO STTR DE ANGICOS  - IVANALDO ROGERIO 
DA ABERTURA DA ASSEMBLEIA.

 CONTADORA DO STTR DE ANGICOS APRESENTA 
A PREVISÃO ORÇAMENTARIA PARA 2013
  
PUBLICO PRESENTE

 PRESIDENTE IVANALDO ROGERIO

 IVANALDO ROGERIO FALANDO ALGUMAS 
CONQUISTAS DO ANO 2012

 DELEGADOS PARA A PLENARIA DA FETARN
RUMO AO CONGRESSO DA CONTAG

 HORA DA ENTREGA DOS SORTEIOS

 SECRETARIO DO STTR DE ANGICOS - ALMIR MEDEIROS
ENTREGA SORTEIO A PROPRIA MÃE

 IVANALDO ROGERIO - PRESIDENTE DO STTR
ENTREGA SORTEIO A SOCIO

CONTADORA DONA FRANCISCA
ENTREGA SORTEIO A SOCIA

 ORAÇÃO PARA MELHORIAS PARA 2013

ORAÇÃO PARA MELHORIAS PARA 2013

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ENFOC forma 3º turma de dirigentes sindicais rurais no RN


Formandos recebem certificados

A Escola Nacional de Formação da CONTAG - ENFOC celebrou essa semana de 10 à 14 a conclusão e formação da 3ª turma de dirigentes sindicais trabalhadores rurais do Rio Grande do Norte. O 3ª e ultimo módulo do curso aconteceu no Centro de treinamento João Paulo Segundo, em Ponta Negra - Natal.

Segundo informações da Secretaria Estadual de Formação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte - FETARN através de seu Secretário o companheiro José Edson de Oliveira (Dedezinho) o objetivo geral do curso  é Viabilizar a formação de militantes do MSTTR, de modo a aprimorar sua capacidade multiplicadora criativa e Potencializadora da ação formativa em suas áreas de atuação.

Segundo Dedezinho dentro dos objetivos gerais da formação, existe também os objetivos específicos que tem como meta:
  • Socializar e aprofundar referenciais teóricos, políticos e ideológicos que fundamentam e alimentam os ideais e a luta sindical e popular.
  • Re-avaliar e fortalecer a luta sindical, numa visão e prática transformadoras, estimulando processos de mudanças de atitudes, comportamentos e práticas individuais e coletivas, coerentes com as exigências de implementação do PADRSS.
  • Favorecer a experimentação, sistematização e apropriação de novas metodologias pedagógicas que realimentem a prática formativa do movimento sindical.
  • Fortalecer rede de educadores/as que assumam e implementem a Política Nacional de Formação do MSTTR.
  • Criar e ampliar, fortalecer e dinamizar os Grupos de Estudos Sindicais e demais processos de formação na base;
  • Promover o debate e aprofundamento sobre as questões de gênero e geração.
No primeiro Modulo tiveram como Eixo Temático Estado, Sociedade e Ideologia tendo como eixos pedagógicos Memória e Identidade e, Pedagogia para uma nova sociabilidade Fio Condutor Democracia, Participação Política e Desenvolvimento. Já no Segundo Modulo tiveram como Eixo temático História, Concepção e Prática Sindical e como Eixo Pedagógico Memória e Identidade e, Pedagogia para uma nova sociabilidade fio condutor Democracia, Participação Política e Desenvolvimento, no Terceiro ultimo modulo Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário.

fonte do blog de jocelino dantas

No interior do RN, rebanho não resiste e morre de sede e fome

fonte do blog de nossa terra
Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 05:29
TRIBUNA DO NORTE voltou esta semana às cidades visitadas em maio passado. O cenário é praticamente o mesmo. Intacta, mesmo, a esperança do sertanejo.
Preparar a forragem do gado foi substituído pela espera da ração distribuída pelo Governo do Estado. A coleta do leite se manteve, mas em menor escala, tendo em vista que o número de animais diminuiu drasticamente e os que ficaram pouco dão leite. Por último, organizar a produção do assentamento passou a ter novas obrigações. Transportar cadáveres de bois e vacas até o cemitério improvisado pelos colonos, viagens ao escritório do Banco do Nordeste de Caicó para tentar financiamentos, entre outros afazeres. Francisco das Chagas e seus 62 vizinhos fazem parte de um grupo crescente no interior do Rio Grande, o grupo daqueles que dependem quase que exclusivamente da política assistencial do poder público para persistir em seu trabalho.
Hoje pelos menos 17 mil agropecuaristas do Rio Grande do Norte contam com a ajuda de instituições públicas para manter o rebanho e a produção. O número à primeira vista impõe respeito, mas se intimida diante do universo geral de produtores do Estado. Segundo dados do Idiarn, existem hoje mais de 48 mil criadores de gado registrados no Estado. Pouco mais de três mil são atendidos pela distribuição de sorgo e milho do Governo do Estado, segundo dados da Emater. Além disso, cerca de 14 mil produtores compram milho a um preço abaixo do mercado através da Conab.
Segundo os próprios atingidos, é por conta de números como esses que a situação das comunidades rurais no interior do Estado pouco mudou desde o início da estiagem. A TRIBUNA DO NORTE visitou várias cidades em maio e registrou as dificuldades encontradas por conta da seca. Francisco das Chagas foi um dos entrevistados. Sete meses depois a situação pouco mudou. “Temos menos bichos morrendo, mas isso é porque boa parte do rebanho morreu naquela época”, lamenta o criador. Até dezembro cerca de 50 animais morreram no assentamento Seridó.
A principal dificuldade a persistir na vida das comunidades rurais do interior do Estado é a falta de pasto e água para o gado. “Existe a ração do Governo do Estado e o milho da Conab, mas nem todos os colonos conseguem ter acesso. O cadastro não contempla todos”, diz Francisco das Chagas. Com os reservatórios esvaziados e o chão tão seco que até a palma e o xique-xique começa a murchar, os produtores têm duas possibilidades: ou compram a ração ou esperam pelo Governo. Os “menores” não tem como desembolsar o necessário para comprar ração. Dependem dos governos.
Aqueles com um rebanho maior – e mais condição financeira – passaram a bancar do próprio bolso a sobrevivência do rebanho. Isso inclui contrair empréstimos, principalmente na linha de financiamento emergencial para seca, disponibilizada pelo Banco do Nordeste. Ubirajara Lopes de Araújo é um dos que conseguiu acesso ao recurso. O agricultor gastou cerca de R$ 20 mil desde maio apenas para conseguir manter em pé as 160 cabeças de gado que possui na fazenda Estreito. “A única ajuda que eu tenho é o milho comprado na Conab. O açude secou e dependemos da Operação Pipa para abastecer a casa”, aponta Ubirajara.
Com as dificuldades advindas com a seca, e que persistem desde a primeira metade de 2012, a produção de leite tem sido fortemente influenciada no Seridó. Em alguns locais, a diminuição chega a 40%.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Síntese da FETARN sobre as ações de convivência com a seca

CLICK na imagem e baixe a síntese do documento apresentado pela FETARN ao Governo do Estado sobre as ações de convivência com a seca no nosso estado.
fonte do blog de paulo jose

Governo libera mais R$ 400 milhões para municípios afetados pela seca


O governo anunciou hoje (13) a liberação de mais R$ 400 milhões para a linha emergencial de crédito para os municípios do Semiárido nordestino atingidos pela seca. O anúncio foi feito pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. O crédito está disponível para novos empréstimos, de acordo com a ministra. As condições são as mesmas...
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fonte do blog de santana do matos

O Boer, sim senhor !



Ali estavam 200 animais para apreciação, com 100 em julgamento - uma demonstração de pujança que merece todo respeito dos brasileiros.
Há alguns estudiosos que não apreciam o Boer, simplesmente por ser exótico. Afirmam que “as cabras sempre foram laticínios ambulantes, sendo a carne um subproduto do leite”.  Estão certos, pois a realidade durante muitos milênios era: a cabra para leite e o cordeiro para a carne. Não existiam, então, caprinos para corte? Historicamente, existiam caprinos que conseguiram sobreviver a mil peripécias em montanhas escarpadas, onde só eles chegavam. Nessa maratona, tornaram-se mais musculosos, adequando-se ao transporte de um úbere de pequeno porte. Produziam leite apenas para as crias. Eram, porém, de pouca serventia para o ser humano, servindo apenas para serem caçados. Já as cabras domesticadas produziam leite e peles, dois produtos que ajudaram a escrever a história do ser humano.
Até pouco tempo, embora os caprinos estivessem em todos os pratos, como carne, jamais se pensava em selecioná-los para tal finalidade. Chegava a ser mesmo uma heresia!
Somente recentemente, o ser humano resolveu especializar o pequeno ruminante para produção de carne. Melhorou - e muito! - os ovinos e, então, alguns criadores trataram de fazer o mesmo com os caprinos. A primeira raça desenvolvida para produção de carne recebeu o nome de Boer, na história da humanidade, para lembrar os pioneiros europeus que povoaram a África do Sul. A partir dessa experiência, várias outras raças estão surgindo e tentando ocupar um espaço no mercado mundial de carnes.
A carne, rara iguaria, já pode ser encontrada mais facilmente. Produzir carne caprina é atender um mercado altamente sofisticado, pois se trata de um produto da mais alta nobreza, para ocasiões especiais. Já a carne de cordeiro pode ser encontrada a qualquer momento, a um preço acessível.
A carne caprina, por seu lado, tem muitas virtudes, sendo especialmente indicada para quem precisa de alta digestibilidade. Até por isso, a carne pode ser preparada em pratos muito requintados.
O Boer - O Boer chegou ao Brasil pelas mãos da Emepa-PB, num gesto pioneiro, depois de ferrenha batalha travada pelo especialista Dr. Wandrick Hauss, com órgãos governamentais. Trouxe os caprinos e também os técnicos para ensinarem a tecnologia de transplantes de embriões. Foi um momento decisivo na história da caprino-ovinocultura brasileira, pois todas as operações foram assistidas por empresários que já enxergavam a atividade como uma “ferramenta econômica” importante para o Nordeste. Imediatamente, alguns empresários começaram a importar Boer. Em menos de 10 anos, já pontificavam vários rebanhos no Brasil.
O Boer, logo no primeiro cruzamento com qualquer outra raça, já produz um animal meio-sangue muito mais lucrativo, com carcaça superior. Percebendo esta vantagem, os criadores passaram a introduzir mestiços Boer como se fossem reprodutores puros - até porque não existiam animais puros em quantidade suficiente.
Hoje, quase 20 anos depois, o que se nota em todo Brasil, é que os caprinos deram um salto, em termos de carcaça. Está evidente que a caprinocultura envereda agora por dois caminhos: carne, ou leite, com decisão. No primeiro caso (carne), praticamente todos os rebanhos usaram, em algum momento, um reprodutor Boer, ou mestiço de Boer.
Pode-se, então, discutir a viabilidade histórica de um caprino exclusivamente para carne, mas não a eficiência do Boer dentro dos rebanhos. Lembre-se que a vaca Ongole, na Índia, é selecionada para leite, mas - no Brasil - recebeu o nome de Nelore (pois era ajuntada na cidade de Nellore, na Índia, antes de ser embarcada), sendo selecionada exclusivamente para carne, com absoluta predominância no cenário. Não é novidade, portanto, transformar uma raça leiteira em boa produtora de carne. Diz um ditado: “Colocar carne na vaca leiteira é tarefa fácil diante da dificuldade de colocar leite na vaca de corte”. Vale também para os caprinos.
 
O Boer chegou para cumprir um importante papel: colocar mais carne dentro das  porteiras.
O crescimento do mercado, a falta de instituições adequadas, a falta de uma cadeia organizada e outros fatores parecem reduzir a ação do Boer, mas ele está vigorosamente dentro das porteiras, para todos enxergarem que o futuro é grandioso para a raça. O uso do Boer, portanto, é caracterizado como “uma fatalidade seletiva”, ou seja, como ferramenta a ser utilizada para colocar mais carne no mestiço comum. “O Boer é o caminho mais fácil para somar carne, ou seja, lucro no rebanho” - garante Fabrício Zaccara.
- Eu mesmo tinha dúvidas quanto ao Boer, no início - confessa Fabrício. Será que aquele animal grandioso conseguiria sobreviver na caatinga? Conseguiria ficar em pé, sobre as patas traseiras, para poder alcançar as folhas catingueiras? Fiquei observando muito tempo e fiz muitas pesquisas com o Boer. Ele passou em todas.
- Na verdade, o Boer está completando sua primeira fase no Brasil - lembra Renato Galvão. Nesta fase inicial, todos quiseram testar o Boer e isso aconteceu - de fato - de uma maneira espontânea, sem qualquer regra. Todo mundo fugiu de qualquer regulamento, ou associação, ou mesmo de qualquer seleção. O animal dava resultado e isso bastava. Foi um sucesso evidente dentro das porteiras. Essa fase, porém, esgotou-se e é necessário procurar reprodutores mais qualificados para cobrirem as fêmeas atuais. Está retornando, então, a procura por reprodutores puros.
Expo Natal - A grande vitória do Boer podia ser vista na Expo Natal. Ali estavam 200 animais puros, literalmente colocados à venda. Foi a raça mais numerosa nos julgamentos, batendo até os ovinos como o Santa Inês. Em um ano de forte Seca.
A Exposição de Natal mostrou claramente a tendência da atualidade: havia 100 Boer no julgamento, representando o caprino de corte e mais 70 Saanen, representando o caprino leiteiro. Onde se juntaram tantos caprinos Saanen, num mesmo recinto?
Pode-se entender que 80% das propriedades estão interessadas em produzir caprinos para carne, no momento, utilizando o Boer. Estas mesmas propriedades reservarão 20% do rebanho para seleção e registro genealógico, como maneira de garantir o futuro. Esse é, portanto, um novo alvorecer para o Boer, agora com mais maturidade. Há dezenas de caminhos a serem escolhidos na produção de carne caprina, mas todos aproveitam as virtudes do Boer.
 
fonte do blog de nossa terra

"As tecnologias existem para pensar o homem no campo, mas não são incentivadas"


 
 Pesquisador da Fundaj e agrônomo, João Suassuna. | Foto: Site EcoDebate
Essa não é a primeira e nem será a última seca vivenciada por agricultores e agricultoras e populações tradicionais do Semiárido brasileiro. O ano de 2012 ficará marcado pela propagação na mídia de inúmeras notícias que dão conta da pior seca dos últimos 30 anos. Embora implique em perdas, a seca ou estiagem é um fenômeno natural. Não há como combatê-la, mas há como conviver com tais diferenças climáticas. Para isso, governos e sociedade civil precisam pensar e tornar possível políticas estruturantes. Planejar e executar somente ações emergenciais, a exemplo de carros-pipa e bolsas-estiagem, está longe de ser solução. Em entrevista à Asacom, o agrônomo e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), João Suassuna, declara que a estiagem deste ano já estava prevista a um bom tempo e lamenta que as tecnologias sociais existam para pensar o homem no campo, mas não recebem incentivos. Fala ainda de ações estruturadoras como a criação de animais mais adaptados ao clima Semiárido, e ainda sugere a criação de um sistema de crédito rural diferenciado para o Nordeste. Suassuna diz também que é importante incentivar as ações estruturadoras, antes que a seca chegue.
Entrevista
Asacom – De um lado se fala em combate à seca. A mídia vem tocando muito nesse ponto. Do outro, em convivência com o Semiárido. Qual é a sua opinião sobre esse assunto?

João Suassuna - É importante a gente começar a falar que as secas já são previsíveis. Existem estudos, desde a década de 1970, feitos pelo CTA (Centro Técnico Aeroespacial) que comprovam a existência do fenômeno. A gente já sabe que a cada 26 anos esses fenômenos existem. Eles são recorrentes. E num intervalo entre 26 anos existem veranicos, secas pequenas, menores. Então isso já é uma coisa previsível, mas o triste de tudo isso é, mesmo sabendo da previsibilidade, não se faz nada de ações estruturadoras com relação a tornar possível a convivência do homem nesse período seco. Então isso aí é que é de lamentar. A seca de 2012 vem a mostrar isso. Ela já estava sendo prevista já fazia um bom tempo. Ela aconteceu e cadê o incentivo para as ações estruturadoras? Existem muito poucos incentivos. Mas a gente tem que reconhecer que mesmo havendo pouco, existem alternativas que estão sendo postas em prática e que elas funcionam. A ASA Brasil é um exemplo disso. A sua instituição é uma prova disso. Esse programa de Um Milhão de Cisternas [O P1MC] é um programa maravilhoso. Ele já tem 500 mil cisternas implantadas. Uma cisterna de 16 mil litros, ela fornece água de boa qualidade para beber e cozinhar, não pode ser para outro uso. Suporta oito meses de falta de chuva numa região. Isso é possível para uma família de 5 pessoas. Isso é calculável. Para uma área de telhado de um metro quadrado, se chover um milímetro, você tem um litro de água. Isso é uma coisa certa. Esse programa é exitoso e a gente tem que continuar estimulando esse tipo de coisa.

Outra coisa é a pecuária de dupla função. Existem exemplos interessantíssimos no Nordeste. Como é o caso no estado da Paraíba com a criação de grandes ruminantes, oriundos da Índia e do Paquistão. Como é o caso do gado guzerá. É um gado que se adaptou muito bem as condições do semiárido e do Nordeste. É um gado de dupla função e está se desenvolvendo de uma forma magnífica. Mesmo em período de seca como a gente está passando agora, esse tipo de criação, rebanho, está produzindo leite de uma forma maravilhosa. A gente tem acompanhado na mídia, na internet, vacas desse tipo produzindo 30 litros de leite, em época de estiagem. Quer dizer, isso é uma coisa que a gente tem que incentivar. A criação de caprinos também. O plantio de xerófilas, de capim, resistentes à seca, o plantio de palma forrageira, todas essas alternativas precisavam ter sido incentivadas há muito tempo e não estão sendo. Esse é que é o problema. Entra seca e sai seca, a gente sabe que as tecnologias existem, para pensar o homem no campo e isso não é incentivado. É de lamentar uma coisa dessas.

Asacom - O que o senhor acha que podemos aprender com essa situação do momento. O senhor já apontou a pecuária de dupla função. O que mais está dando certo e que pode se continuar?

Eu não deixaria de tocar na questão creditícia. Nós temos que ter um sistema de crédito rural diferenciado aqui no Nordeste. A gente não pode nunca fazer com que haja um sistema de crédito semelhante ao que é tomado na praça. Se o produtor rural que habita o Semiárido nordestino for tirar um recurso para desenvolver os seus trabalhos de campo contando com o sistema de crédito vigente, ele está arriscado a perder sua propriedade para o sistema financeiro. Então a gente tem que ter um sistema diferenciado, que haja a possibilidade dele pagar as suas dívidas com o que produzir na sua propriedade. Isso tem que acontecer.

Asacom – O rio São Francisco tem uma importância social, econômica e cultural para os povos do Semiárido brasileiro. O rio concentra 63% da oferta hídrica do Nordeste e é dos únicos perenes a atravessar o sertão. Em um artigo seu, o senhor deu uma declaração dizendo que a construção das represas das usinas geradoras do São Francisco diluiu a atividade pesqueira e as espécies de piracema. Qual o impacto disso para as populações ribeirinhas?

A produção de energia elétrica do São Francisco é praticamente toda localizada no submédio São Francisco, que é onde existem as corredeiras, ou pelo menos existiam as corredeiras. Então, para se produzir energia houve a necessidade de se construir barramentos nos locais onde antigamente existiam as corredeiras. A gente sabe que as espécies de peixe e piracema só desovam quando sobem essas corredeiras. Então, as fêmeas ao subirem as corredeiras estimulam a sua fisiologia para desova. Uma vez construída essas represas, deixou de haver o fenômeno da piracema. Então, espécies de piracema, como o surubim é uma delas, deixaram de produzir e começaram a abortar suas desovas. Isso ocorreu e o que está acontecendo é que atualmente o peixe está sumindo do rio São Francisco. Antigamente, se pegava surubim de 30 ou 40 quilos. Hoje quando se pega um de 5 kg é uma festa. Então o peixe está sumindo e não foram tomadas providências cabíveis para esse tipo de situação. E existem soluções. A represa de Itaipú construiu um canal de 10 km para a subida do peixe. Enquanto isso, famílias inteiras que dependem do pescado estão passando necessidade.

Asacom - Falamos aqui em políticas estruturantes. Com relação às ações emergenciais que o governo vem realizado para a seca, qual a sua opinião?

Da forma como está acontecendo hoje eu sou até a favor. Se o governo não chegar com esse recurso, o cidadão vai morrer de fome. Porque ele não vai ter outro meio de vida para sobreviver. Vai acontecer o que acontecia antigamente. O governo não chegava com esse recurso, as populações saqueavam os mercados, as feiras, para ter acesso ao alimento. Hoje não acontece mais porque o governo mensalmente entrega o dinheirinho para o cidadão sobreviver. Mas isso é dar o peixe, não é ensinar a pescar. Aí eu sou contra. A gente tem que partir para incentivar as ações estruturadoras, antes que aconteçam as secas.

fonte da asa