Preservar o Cerrado é garantir a permanência da vida!
FOTO: Comunicação CONTAG- Fabrício Martins
"Nem tudo o que é torto é errado. Veja as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado". (Nicolas Behr)
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando 24% do território nacional, nos estados do Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Paraná, São Paulo e Rondônia, além do Distrito Federal.
O bioma apresenta grande variedade de animais em todos os ambientes: mais de 1.500 espécies de animais; 837 espécies de aves, 150 de anfíbios (das quais 45 são endêmicas), 120 espécies de répteis (das quais 40 são endêmicas). Também é composto por uma rica flora, onde são encontradas mais de 534 espécies arbóreas.
O Cerrado ainda contribui de forma significativa para a produção hídrica superficial de oito das doze grandes bacias hidrográficas brasileiras. Estas correm para diferentes porções do Brasil, correspondendo a 78% do montante da bacia dos rios Araguaia/Tocantins; 70% da bacia do rio São Francisco e 48% da bacia do rio Paraná.
Apesar da sua importância, grande parte já foi destruído para dá lugar às plantações de monocultura do agronegócio, a exemplo do Projeto MATOPIBA que é responsável pelo desmatamento e queimadas para criação de campos de soja e pastos na região fronteiriça entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que tem transformado o Cerrado num dos principais emissores de gases de efeito estufa. Além da devastação do bioma, o Projeto do MATOPIBA também é responsável pela expulsão de agricultores(as) familiares de suas terras.
Por entender a importância do bioma e para os povos tradicionais que nele vivem, a CONTAG abraça a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, que reivindica:
• Reforma Agrária e regularização dos Territórios Indígenas, Quilombolas e das Comunidades Tradicionais;
• Políticas públicas que garantam o fortalecimento da agricultura familiar, baseado na agroecologia, soberania alimentar e desenvolvimento territorial sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, na lógica das práticas tradicionais;
• Instituição da Moratória do Cerrado para coibir o avanço dos monocultivos do agronegócio sobre as terras, territórios, águas e povos do Cerrado;
• Cumprimento da Convenção 169 da OIT que estabelece o direito à consulta prévia, livre e informada aos povos e comunidades tradicionais sobre o PDA MATOPIBA; etc.
A Campanha também defende a aprovação da PEC 504/2010, que transforma o Cerrado e a Caatinga em Patrimônio Nacional, para impedir o desmatamento e o genocídio dos povos tradicionais. “Considerando que os biomas do Cerrado e da Caatinga estão presentes em 14 estados, englobando mais de 30% do território brasileiro, é inquestionável a importância da Preservação desses biomas”, destaca a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Rosmarí Malheiros.
Rosmarí afirma que mesmo diante das atrocidades, a CONTAG seguirá na defesa do Cerrado, da Caatinga e de todos os biomas. “Mesmo sabendo que dados mostram que mais da metade da Mata Nativa do Cerrado e 46% da Caatinga já foram desmatados, é importante termos em mente e na prática que a preservação do Cerrado e de todos os biomas é fundamental para uma produção consciente e sustentável, em harmonia com o Meio Ambiente e com manutenção da vida”, afirma a secretária da CONTAG.
SAIBA MAIS sobre a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado AQUI
FONTE: Comunicação CONTAG, com informações da Secretaria de Meio Ambiente
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