Presidenta Dilma Rousseff abre a 4ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres
FOTO: Verônica Tozzi
Mais de 3.000 mulheres delegadas de todo o País participam da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que tem como lema “Mais Direitos, Participação e Poder para as Mulheres”. A solenidade de abertura, realizada na tarde desta terça-feira (10), foi um momento forte e carregado de emoção, que contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff, de ministras de Estado, senadoras, deputadas federais, de lideranças feministas e de organizações sociais de mulheres e do movimento sindical, como da CONTAG, das Federações e Sindicatos, dentre outras autoridades e convidadas e convidados.
A secretária especial das Mulheres do Ministério das Mulheres, Direitos Humanos e Igualdade Racial, Eleonora Menicucci, ao iniciar a solenidade, informou que essa conferência foi convocada pela presidenta Dilma em março de 2015. “Essa data fecha um processo de mobilização nacional que durou um ano. Uma mobilização das mulheres, realizadas por todas vocês aqui presentes. Este é um momento fundamental que consagra a mobilização das mulheres por mais direitos, participação política e mais poder, e isso não conseguimos se não estivermos no estado democrático de direito.”
Eleonora fez, ainda, uma homenagem à presidenta Dilma Rousseff. “Homenageio uma mulher que foi presa e torturada junto comigo e com outras companheiras, que deu a vida pela luta democrática, que é a companheira Dilma Rousseff. Não envergamos e nem será agora que iremos nos entregar. A cultura patriarcal brasileira está mudando a partir das políticas públicas que estamos construindo e conquistando. E isso é resultado de muita luta das mulheres.”
Saudando todas as mulheres da 4ª Conferência, que representam todas as mulheres brasileiras, a presidenta Dilma Rousseff iniciou um discurso forte e inspirador a todas as delegadas e convidados(as). “Nesse processo de impeachment golpista tem preconceito contra as mulheres, principalmente por eu ser a primeira mulher presidente do Brasil. Eu tenho plena consciência que tenho que honrar cada mulher desse País. Jamais passou a possibilidade de renúncia na minha cabeça, porque enquanto eu me manter em pé, ficará claro que cometeram contra mim uma enorme injustiça. A renúncia satisfaz a eles e não a nós. É a luta que nos satisfaz.”
A presidente reafirmou que, até o fim, irá resistir e que a política social trabalhada pelo seu governo, em continuidade ao implementado pelo Governo Lula, é o que incomoda a oposição e os golpistas. “A minha capacidade de resistir é enorme. Eu carrego em mim a força de vida dos 36 milhões de brasileiros(as) que saíram da pobreza, de outros milhões que acessaram o Minha Casa Minha Vida, daqueles que agora conseguem consulta médica pelo programa Mais Médicos, daqueles que fazem Pronatec, que fizeram faculdade pelo Prouni e pelo Fies, dos filhos de pedreiro que viraram doutores, e de tantos outros. É por isso que jamais vou desistir. Os golpistas carregam promessas que foram derrotadas nas urnas, carregam promessas que representam retrocesso. Eu fui eleita com a força de vocês. Eles perseguem todos que defendem a diversidade.”
A 4ª Conferência tem como objetivos debater avanços relacionados aos direitos das mulheres e fazer diagnóstico das conquistas obtidas nos últimos anos. Como resultado dessas discussões e desse levantamento, serão aprovadas recomendações para o Plano Nacional de Políticas para Mulheres (PNPM). Alguns dos desafios serão aprofundar a democracia e assegurar a consolidação das políticas já colocadas em prática.
A secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Alessandra Lunas, afirmou que a expectativa das delegadas é que, até o final da conferência, as mulheres consigam aprovar um documento forte que reafirme o posicionamento de todas as companheiras de que não aceitarão retrocessos e retirada de direitos já conquistados a partir de muita luta. “As mulheres aqui presentes aproveitaram para transmitir força para a presidenta Dilma contra o golpe, contra o machismo e contra todas as formas de preconceito às mulheres.”
A etapa nacional acontece depois de todo um processo de realização das etapas preparatórias, iniciadas em junho de 2015, que mobilizaram mais de 150 mil pessoas em mais de 2.500 cidades brasileiras.
A 4ª Conferência Nacional de Política para Mulheres será realizada de 10 a 13 de maio, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi
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