SERTÃO DO NORDESTE
Hoje estou feliz
Pode apostar meu senhor
Pois vou falar da vida
De um trabalhador
Peço a nossa senhora
Inspiração nessa hora
Pra falar do agricultor
Homem simples do sertão
Que com inchada na mão
Dispensa diploma de doutor
Precisamos de arquiteto
Precisamos de arquiteto
Médico, juiz e advogado
Dentista, engenheiro
Todos eles formado
Pelo menos na vida uma vez
Precisamos deles, talvez
Se o caso for complicado
Mais já do agricultor
Seja reconhecedor
Precisamos até no feriado
De noite ou de dia
De noite ou de dia
Na seca ou invernada
Para o agricultor
Não tem data marcada
Ele planta o feijão
Que vai ser a refeição
Na mesa do povo botada
Seja médico doutor
Juiz ou promotor
Precisa da roça plantada
Três vezes por dia
Três vezes por dia
Precisamos do agricultor
Café , almoço e janta
Vem do roçado desse senhor
Com calos aberto na mão
E pés descalços no chão
Do campo é um lavrador
Vivendo da agricultura
Pode não ter cultura
Mais na roça tem valor
Pode não ter na sociedade
Pode não ter na sociedade
Que só dão valor a barão
Nela pequeno agricultor
Não vale mais do que tostão
Mais não é bem assim
Camponês tem valor sim
Aqui quem diz é Jatão
Pode engravatado do poder
Do sertanejo não querer saber
Mais dele precisa do pão
Não falo aqui mal dos doutores
Não falo aqui mal dos doutores
Daqueles que tem cultura
Só peço também respeito
Por quem vive da agricultura
Plantando milho e feijão
Botando na mesa o pão
Da família com fartura
Só deixando de plantar
Quando um dia Deus tirar
E ele descer a sepultura
Nesses dias agora
Nesses dias agora
Presidenta, deputados e senadores
Tem massacrado os sertanejos
Acoloiado com os governadores
Sem dó nem piedade
Esses chefes da sociedade
Não tem pena de agricultores
Que sofrem com a estiagem
Que mais parece bobagem
Para essa corja de senhores
Vou ficando por aqui
Despeço-me meu camarada
Mais quero lembrar a você
Que no sertão faz morada
Sou o radialista Jatão
O locutor pesadão
De toda madrugada
Defendo aqui o agricultor
Sem diploma de doutor
E não tenho medo de nada
Texto: Jatão Vaqueiro
Vou ficando por aqui
Despeço-me meu camarada
Mais quero lembrar a você
Que no sertão faz morada
Sou o radialista Jatão
O locutor pesadão
De toda madrugada
Defendo aqui o agricultor
Sem diploma de doutor
E não tenho medo de nada
Texto: Jatão Vaqueiro
Isso é imperdoável...
fonte do blog de jatão vaqueiro
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