segunda-feira, 29 de abril de 2013

EM ANGICOS - REUNIÃO DO P1+2 - ASA POTIGUAR



Neste dia 30 de abril de 2013, a ATOS, através do programa P1+2, vai realizar uma reunião com alguns representantes de associações rurais e trabalhadores rurais, o evento acontecera as 09:00 da manha, na sede do STTR DE ANGICOS, e também terá a colaboração da diretoria do STTR.
A PAUTA DESTA REUNIÃO SERA POLITICAS DE CONVIVÊNCIA COM A SECA.

COORDENAÇÃO DA REUNIÃO
ANTONIO CARLOS

isso sim é bom para o homem do campo


                                                                     dessalinizador

Receitas do Campo



Escondidinho de carne seca

Ingredientes

  • 1kg de aimpim (Macaxeira).
  • 1 kg de carne de sertão (sem gordura).
  • 1 copo de requeijão cremoso.
  • 1 cebola média.
  • 1 copo de leite.
  • 3 colheres de manteiga.
  • 1 pacote de queijo parmessão ralado.
  • 1 maço de salsinha a gosto.

Modo de preparo

Coloque a carne para desalgar na véspera.
Descasque o aimpim e coloque em pequenos pedaços para cozinhar (sal a gosto).
Depois de cozido o aimpim, passe no triturador e leve ao fogo, com a manteiga, o leite e o queijo parmessão ralado. (testura de purê).
Reserve.
A carne deverá ser cozida na panela de pressão. Depois de cozida, desfie.
Frite a carne já desfiada e acrecente a cebola e a salsinha.
Reserve.
Pegue uma travessa, unte com manteiga e coloque uma camada de purê de aimpim.
Coloque o recheio da carne seca, depois cubra com a outra parte do purê.
Depois de pronto, coloque por cima, o requeijão cremoso e pronto.
Leve ao forno já aquecido por mais ou menos 20min.
BOM APETITE.
fonte do blog de jatão vaqueiro

quinta-feira, 25 de abril de 2013

ANGICOS - AVISO AOS BENEFICIARIOS DO GARANTIA SAFRA



Neste mês de abril de 2013, alguns beneficiários do programa garantia safra, estão tendo algumas dificuldades em receber o beneficio, mais isto é por causa que foi modificado o NIS, e a diretoria do STTR DE ANGICOS, avisa que todos que não esta conseguindo receber seu beneficio este mês, procurem o SINDICATO DOS TRABALHADORES (AS) RURAIS DE ANGICOS, para poder dar o NIS e também dar alguns esclarecimentos.
O GARANTIA SAFRA FOI PRORROGADO POR MAIS QUATRO MESES, ABRIL, MAIO, JUNHO E JULHO DE 2013.

A NATUREZA



 
DEUS CRIOU A NATUREZA 
COM O PODER DE SUA MENTE 
FEZ BROTAR UMA SEMENTE 
SEM PRECISAR DE RIQUEZA. 
É DE TAMANHA BELEZA 
UMA PLANTINHA CRESCIDA 
QUE NÃO SE DÁ POR VENCIDA 
QUANDO A SECA LHE ESPANTA 
A CHUVA É QUEM VESTE A PLANTA
QUE A SECA DEIXOU DESPIDA. 
 
A PLANTA É BEM RESISTENTE 
MESMO HAVENDO A ESTIAGEM 
NUNCA LHE FALTA A CORAGEM
PRA ENFRENTAR O SOL QUENTE
QUANDO CHOVE O GALHO SENTE
RESSUCITAR SUA VIDA
SURGE O VERDE SEM MEDIDA
POR ISSO É QUE ME ENCANTA
A CHUVA É QUEM VESTE A PLANTA
QUE A SECA DEIXOU DESPIDA.
Erivoneide Amaral
fonte do blog de jatão vaqueiro

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Recuperação de Dessalinizadores vai beneficiar 5300 famílias no Estado



- Publicado por Robson Pires

“A nossa prioridade é investir em obras efetivas e estruturantes de convivência com a seca”. Com essas palavras o Secretário Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Leonardo Rêgo, assinou ontem a ordem de serviço para a recuperação de 66 sistemas de dessalinização que beneficiará ao todo 5300 famílias de 42 municípios do Estado.
Serão investidos 1,8 milhões de reais, vindos da Secretaria Nacional da Defesa civil através de um termo de cooperação técnica entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) e a Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania (SEJUC).
Este termo prevê a contratação de empresas especializadas em recuperação de sistemas de dessalinizadores utilizados para abastecimento dessas comunidades que necessitam do aumento da oferta de água para a produção agrícola e pecuária, bem como para o consumo humano e animal.

Dia 30 de abril termina prazo para o pagamento da contribuição sindical





A contribuição sindical foi regulamentada através do Decreto Lei 1.166/1971. E abril é o mês desse recolhimento. Por isso, a CONTAG vem lembrar a todas as empresas que o prazo para o pagamento se encerra no dia 30 de abril. Segundo o Decreto Lei, a contribuição sindical é obrigatória. Cada trabalhador e trabalhadora tem, anualmente, um dia de trabalho descontado do seu salário.

As empresas podem se cadastrar e encontrar a guia de recolhimento no site da CONTAG, no link www.contag.org.br/arrecadacao/guias.php. Em caso de dúvida, o contato pode ser feito através do email sindical@contag.org.br.

A CONTAG alerta para que os sindicatos fiquem atentos à arrecadação feita no seu município. Pois há casos em que a empresa faz a retenção e se apropria desse dinheiro, não recolhendo para o sistema CONTAG. Isso é crime! Se uma empresa não fizer o repasse, os sindicatos devem denunciar o caso ao Ministério Público ou à CONTAG.

Além dos assalariados e assalariadas rurais, os agricultores(as) familiares também devem fazer o pagamento da contribuição sindical, mas a forma de recolhimento é diferenciada. Os produtores e produtoras rurais pagam a taxa logo após as colheitas. Cada estado tem datas e valores diferentes para o recolhimento.
FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi
fonte do blog de paulo jose

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Governo do estado anuncia R$ 7 milhões para instalação e perfuração de poços



A governadora Rosalba Ciarlini anunciou, na tarde desta segunda-feira (22), a disponibilização de R$ 7 milhões em recursos do Tesouro Estadual para instalação e perfuração de poços que vão beneficiar 397 comunidades do Rio Grande do Norte, com prioridade para as regiões do Seridó e Alto Oeste. O anúncio foi feito durante a reunião semanal de avaliação do Comitê de Combate à Seca, realizado no auditório da Governadoria.

De acordo com informações da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), mais três empresas foram contratadas para este serviço. A previsão é de que a ordem de serviço para a instalação e perfuração de poços no Alto Oeste seja dada neste final de semana, no município de Pau dos Ferros. Já a região do Seridó, deve receber a visita da governadora para a assinatura da ordem de serviço na próxima semana, em Caicó.
As chuvas que caíram no interior do Estado nos últimos dias também foram abordadas pela governadora Rosalba Ciarlini, que enfatizou a necessidade de dar continuidade às ações emergenciais e aos projetos estruturantes. “Temos que agradecer a Deus pela chuva que tem chegado ao nosso interior, mas não podemos baixar a guarda, pois a situação ainda é difícil e tudo que estamos fazendo irá nos servir no futuro. Portanto, mesmo que o inverno chegue, não podemos parar”, afirmou a governadora, acrescentando que o Exército também será responsável pela perfuração de outros 40 poços em locais a serem definidos pelo Governo do Estado.
fonte do blog de robson pires

Agricultores familiares da área da Sudene podem renegociar pagamento



Agricultores familiares que tiveram prejuízos por causa da seca ou da estiagem na região do semiárido do Nordeste podem renegociar parcelas com vencimento em 2012, 2013 e 2014 de operações de custeio e investimento contratadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A decisão foi regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), por meio da Resolução 4.212 de 18 de abril de 2013.
A medida atende orientação da presidenta Dilma Rousseff e beneficia mais de 1,2 milhão de unidades familiares de produção que têm financiamentos do Pronaf, localizadas em município da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), onde tenha ocorrido situação de emergência ou estado de calamidade pública em decorrência de seca ou estiagem reconhecida a partir de 1º de dezembro de 2011.
“Estamos tomando medidas emergenciais mais estruturantes para preparar a retomada das atividades no semiárido para quando as chuvas chegarem. Com esse período de seca sucessivo, sem produção, não há como pagar o banco, então essa medida deixa os agricultores tranquilos em relação ao seu passivo financeiro. É mais uma medida para que a gente comece um processo de reconstrução das atividades no semiárido”, destacou o secretário da Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini.
O prazo para que os agricultores familiares apresentem interesse em renegociar a operação vai até 30 de dezembro de 2013. As parcelas que podem ser renegociadas – aquelas com vencimento de 2012 a 2014 - serão agregadas em uma única operação e o saldo será reprogramado para pagamento em até 10 parcelas anuais, com o vencimento da primeira parcela fixado para 2016.
A medida também determina um desconto de 80% para cada parcela paga em dia. Vale lembrar que os agricultores devem estar em situação de adimplência até 31 de dezembro de 2011.
Para aqueles que efetuarem a liquidação total das operações de crédito rural até 30 de dezembro de 2013, fica concedido o bônus de 80% sobre o valor total da dívida.
Linha emergencial
Na busca de assegurar, cada vez mais, soluções para os agricultores familiares atingidos pela seca no Nordeste, o Governo Federal aprovou, em março deste ano, a linha emergencial para municípios com situação de emergência ou estado de calamidade, reconhecidos pela Defesa Civil, na área de atuação da Sudene. Do valor total contratado até o momento, mais de 68% são de agricultores familiares enquadrados no Pronaf. Foram disponibilizados mais de R$ 2 bilhões em valor contratado.
fonte do blog de paulo jose

Banco do Nordeste apresenta novas medidas para regularização de dívidas de clientes afetados pela seca



Ações incluem prorrogação ou quitação de dívidas com até 85% de rebate

O Banco do Nordeste acaba de lançar um pacote de medidas para regularização de dívidas dos agricultores afetados pela seca. A iniciativa oferece uma série de benefícios a clientes que possuem dívidas vencidas ou a vencer neste ano e no próximo. De acordo com o enquadramento, o cliente pode obter descontos ou dividir o saldo devedor em 10 parcelas anuais.

O plano tem como base a Medida Provisória 610 e as resoluções 4.211 e 4.212, do Conselho Monetário Nacional, publicadas recentemente.

Por meio das resoluções, agricultores familiares localizados em municípios com situação de emergência decretada poderão renegociar o saldo devedor em dez parcelas anuais, com o primeiro vencimento em 2016. Cada parcela paga até o vencimento terá bônus de adimplência de 80%, mesmo percentual de desconto aplicado em caso de liquidação da dívida.

Os produtores rurais não classificados como agricultores familiares também poderão parcelar suas dívidas em dez vezes, com o primeiro vencimento programado para 2015.

fonte do blog de jocelino dantas

Angicos - Chuva renova esperança do homem do campo




Angicos – O retorno da Chuva tornou a renova traz com sigo esperança para os agricultores da região Central. Apesar do baixo volume de chuvas esperado para esse período do ano, em algumas cidades os trabalhadores rurais tornam a sorrir.



Com a volta da chuva, o verde voltou a predominar na paisagem e os animais começam a ter o que comer e o que beber, já que os açudes e lagoas começaram a se recuperar. A chuva mais uma vez renova a esperança do sertanejo.



A chegada desse bem precioso também trouxe fôlego para os criadores. As baixas nos rebanhos por causa da seca foram enormes. Muito gado foi vendido magro, outros morreram e o que restou vivia em situação precária.



fonte do blog de angicos noticias

Presidente do assentamento P. A. Bonfim anima-se com a volta das chuvas na zona rural de Angicos..




Depois das fortes chuvas neste final de semana, nosso blog encontrou o presidente do Assentamento P. A. Bonfim, Lorival Cassimiro de Araújo. “Loro” como é mais conhecido, confirmou a chegada das fortes chuvas em toda zona rural de Angicos - RN.

De acordo com ele, o homem do Campo amanheceu transbordando de Alegria, e começando a rever a questão do corte de terra para inicio do plantio, “os moradores e agricultores locais estão muito confiantes, alguns já começaram a preparar sementes para plantar o feijão e milho” Frisou.

Devido à prolongada seca que castigou a região no ano de 2012, e estende-se até este ano de 2013, a população esperava ansiosamente pelas fortes chuvas intensas. “há mais dois anos não chovia intensamente em nossa região, às vezes vinda de forma moderada. A intensidade da chuva que caiu foi suficiente para fazer nossos açudes tomarem água,e fazerem com que alguns moradores, começarem a prepararem seus grãos” Afirmou.

Outro detalhe enfrentado em toda zona rural é a escassez de água, que com a chegada chuva será possível solucionar em partes, com o enchimento das cisternas.

fonte do blog de angicos noticias

quinta-feira, 18 de abril de 2013

MDA e Incra recebem pauta reivindicatória de trabalhadores rurais



MDA e Incra recebem pauta reivindicatória de trabalhadores rurais

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o presidente do Incra, Carlos Guedes de Guedes, debateram nesta quinta-feira (18) com lideranças nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Brasília, uma pauta de reivindicações. No encontro, ficou acertado que as principais demandas serão analisadas pelo Governo Federal em até 45 dias e que, posteriormente, a expectativa é de u... Leia mais
fonte INCRA

Quem diria! O repolho agora é o vilão. Derrubou o preço do tomate…



fonte do blog de robson pires
Pesquisa de hortifrutigranjeiros aponta o repolho como o vilão dos preços
Não é o tomate, mas sim o repolho verde o grande vilão nos preços de hortifrutigranjeiros, conforme pesquisa realizada pelo Procon de João Pessoa (Procon-JP) nos dias 15 e 16 deste mês em supermercados da Capital. O produto é encontrado por até R$ 6,99, enquanto o maior preço do tomate é de R$ 6,49. O item mais barato é a melancia, vendida por R$ 0,79.
Conforme a pesquisa do Procon-JP, a maior variação de preços foi encontrada na venda do pimentão verde, que chega a 357,8% nos supermercados de João Pessoa. A menor variação é da maçã nacional, 18,8%.
Também foi constatada variação alta nos preços da melancia (278,5%), do mamão formosa (101%), a cenoura (97%) e a cebola branca (93,6%). Variações menores foram registradas, ainda, nos preços da macaxeira (37,6%), banana prata (33%), batata inglesa (32,5%) e tomate (30,1%).
Foram pesquisados os preços dos seguintes produtos: tomate, pimentão verde, cebola branca, cenoura, batata inglesa, batata doce, alface crespa (comum), laranja pera, banana prata, banana pacovan, mamão formosa, abacaxi, limão tahiti, maracujá, melancia, inhame, macaxeira, beterraba, cará, jerimum (abóbora), repolho verde, maçã nacional, pepino e berinjela.
A pesquisa foi realizada em oito estabelecimentos da Capital: Supermercado Latorre (Torre), Supermercado Santiago (Torre), Supermercado Pão de Açúcar (Manaíra), Supermercado Manaíra (Manaíra), Carrefour (Bessa), Supermercado Extra (Epitácio Pessoa), Hiper Bompreço (Bessa) e Bemais (Bancários).

SERTÃO NORDESTINO... ESSE É MEU LUGAR.



Cancão, o alarme da caatinga

Na caatinga do Nordeste, o cancão é o principal observador, nada passa despercebido deste pássaro. Quando alguma coisa estranha ocorre, este pássaro é o primeiro que da o sinal e chama atenção dos demais animai
s. É onívoro.

O cancão alimenta-se de quase tudo que encontra na caatinga, más da preferência a ovos de outros pássaros e larvas de insetos encontradas em ocos e em baixo das folhas que caem ao chão.

Na caatinga, este pássaro é o principal consumidor dos frutos das cactáceas, tais como, mandacaru, xiquexique e facheiro. O cancão também conhecida como a Gralha da caatinga, pela semelhança com a gralha que dispersa sementes de pinheiros no sul do Brasil. O cancão normalmente vive em bandos de 3 a 5 pássaros.


Fonte: Aves da Caatinga
materia do blog de jatão vaqueiro

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nordeste deve receber 340 mil toneladas de milho





A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá entregar, nos meses de abril e maio, pelo menos 340 mil toneladas de milho ao Nordeste. O fluxo mensal do suprimento do grão para a região da Sudene aumentou de 40 para 170 mil toneladas, com o o apoio da Casa Civil e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Assim, foi possível o incremento do fornecimento e o número de beneficiados do programa de atendimento à seca no Nordeste.

Cerca de 90 mil toneladas do produto devem ser removidas, enquanto outras 50 mil toneladas de milho ensacado foram adquiridas no dia 27 de março, para serem entregues diretamente pelos fornecedores nas Unidades Armazenadoras e polos de distribuição. Por orientação do Mapa, mais uma compra de 70 mil toneladas também será feita pela Conab, por meio de leilão no dia 19/04, com entrega nos polos criados pelas Secretarias de Agricultura Estaduais.

A entrega direta de 103 mil toneladas de milho aos estados deve ocorrer já a partir do dia 2 de maio, segundo determinação da Casa Civil. Esta aquisição, a ser realizada no dia 17/04, via Bolsa de Mercadorias, prevê que o deslocamento seja efetuado preferencialmente por cabotagem, para a disponibilização do produto nos portos dos respectivos estados beneficiários.

De acordo com o diretor de Operações e Abastecimento (Dirab) da Conab, Marcelo de Araújo Melo, os quantitativos disponibilizados tendem a reduzir o problema da escassez do milho. "Essas ações vão possibilitar a pulverização do produto e maior eficiência no abastecimento”, garante. “Dessa forma a Conab, que nos últimos 10 meses abasteceu o Nordeste com mais de 380 mil toneladas de milho, passará a ter uma meta superior a 150 mil toneladas por mês, beneficiando pequenos criadores que sofrem com a estiagem na região".

www.diariodepernambuco.com.br
fonte do blog de jatão vaqueiro

BNDES e FBB visitam experiências de convivência com o Semiárido




Dez representantes viajaram para a cidade de Cumaru, no agreste pernambucano
Daniel Lamir - ASACom
Cumaru - PE
17/04/2013
Visitantes conheceram e dialogaram sobre as experiências | Foto: Ylka Oliveira - ASACom
A produção de alimentos, criação de animais e comercialização são atividades rurais que devem permanecer sendo realizadas nos períodos de estiagem. Agricultores familiares que desenvolvem estratégias de convivência com o Semiárido encontram menos dificuldades para ter água para beber, plantar e criar, apesar da escassa ou inexistente presença de chuvas no roçado.

No município pernambucano de Cumaru, representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e Fundação Banco do Brasil (FBB) visitaram, no último dia 12, duas agricultoras que durante os meses sem chuva não perderam de vista o planejamento e a moderação no uso da água. Ana Paula da Silva, do sítio Cabugi, e Joelma Pereira, da comunidade Pedra Branca, abriram as portas de suas propriedades para exemplificar boas iniciativas de viabilidade no Semiárido, mesmo durante os previsíveis ciclos de seca.
Saindo de cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, o grupo de dez pessoas viajou para o agreste para conhecer a implementação de tecnologias sociais realizadas pela ASA, através dos Programas Uma Terra e Duas Águas (P1+2) e Um Milhão de Cisternas (P1MC). O consultor da FBB, Jeter Gomes, destacou o desenvolvimento local que acompanha a construção das tecnologias: “As comunidades [beneficiadas] mudam muito. É muito rico. Não é só colocar por colocar a cisterna, há toda uma metodologia para o próprio protagonismo das famílias”.

A primeira reunião dos visitantes aconteceu embaixo de um telhado de 100 m². O local é parte de uma tecnologia social instalada para oferecer água para a produção de alimentos e a criação de animais de Ana Paula. Desde 2010, a anfitriã que mora com três filhos e um irmão, Severino Ramos, possui uma cisterna-telhadão, tecnologia em fase de teste, disseminada pela ONG integrante da ASA, Centro Sabiá, que capta água da chuva para uma cisterna de 52 mil litros. Três anos antes da cisterna-telhadão, Ana Paula conquistou uma cisterna de 16 mil litros para o consumo humano.

A precipitação de apenas 200 mm registrada nos últimos dois anos não esgotou o estoque de água de Ana Paula. “As pessoas ficam admiradas porque eu ainda tenho água. Eu respondo que tenho água porque economizo. Não é porque a gente tem cisternas que a gente não vai economizar”, destaca a agricultora Ana Paula, que, semanalmente, comercializa produtos naturais e beneficiados na Feira de Cumaru.
A segunda parte da visita aconteceu no sistema agroflorestal de Joelma Pereira. Apesar da falta de 
Joelma Pereira falou sobre sua trajetória agroecológica e as atuais estratégias diante da seca | Foto: Ylka Oliveira - ASACom
 água da chuva, o local de meio hectare resiste à variação climática com áreas verdes e produtivas. “Quando cheguei aqui só tinha um juazeiro e um umbuzeiro”, lembra Joelma Ferreira, casada há vinte anos com o cisterneiro Roberto Pereira e mãe de três filhos.

A curiosidade de experimentar novas práticas agrícolas e o apoio do Centro Sabiá deram condições de Joelma continuar comercializando, mesmo com a falta de chuvas no local. Hoje, a agricultora agroecológica conseguiu comprar mais hectares e permanece estocando água, sementes e alimentos, além de buscar inovações e novas estratégias para melhorar a qualidade de vida.

Utilizando uma cisterna para consumo humano e duas para produção de alimentos e criação de animais (cisterna-calçadão e barragem subterrânea), além de um banco de sementes nativas, a família de Joelma consegue produzir “de tudo um pouco”, sendo um exemplo de segurança e soberania alimentar em uma região estigmatizada como improdutiva.

O superintendente da Área de Pecuária de Inclusão Social do BNDES, Marcelo Cardoso, destacou a efetividade das tecnologias e o envolvimento das famílias para o sucesso do P1+2 e P1MC. “As impressões são muito positivas. O BNDES está buscando conhecer melhor as tecnologias sociais que são empregadas com bastante sucesso pela ASA no Semiárido nordestino para que ele possa apoiar e entrar nessa iniciativa”, declarou Cardoso.
Parceria  - Em 2012, a Fundação Banco do Brasil (FBB) firmou uma parceria com a ASA para construção de 60 mil cisternas de placas em oito estados do Semiárido. O projeto está na fase de finalização e vai garantir o direito à água potável e de qualidade a cerca de 300 mil pessoas. Esta ação está situada no Plano de Combate a Extrema Pobreza, lançado pela presidente Dilma Rousseff no inicio do seu governo. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

O homem do campo não quer conversa, quer solução urgente



http://www.marceloabdon.com.br/


O produtor rural do Rio Grande do Norte não aguenta mais conversas, pronunciamentos, audiências públicas, reuniões e outros.
O que o sofrido homem do campo espera é ação. Espera que o governo do Estado instale os milhares de poços, que já estão perfurados, perfure outros tantos, que aumentem os carros pipas para que a água possa chegar com maior frequência nas zonas rurais necessitadas.

NOTÍCIAS




Março de 2013: o mais seco do século

Hoje, 136 cidades do RN são consideradas muito secas 

Hoje, 136 cidades do RN são consideradas muito secas

As previsões de chuvas para 2013, são desanimadoras. Desde 1911, nunca choveu tão pouco no mês de março no Rio Grande do Norte. Foram, em média, 29,6 milímetros no mês. O montante é 5,6 vezes menor do que o esperado para o período. A consequência disso: hoje 136 cidades, incluindo o litoral, são consideradas áreas muito secas.

De terços em mãos e velas acesas, o sertanejo implora misericórdia a São José. Ah, se eles pudessem subir aos céus e derramar, das nuvens, a tão esperada chuva.

Atualmente, 15 cidades do Rio Grande do Norte estão sendo abastecidas exclusivamente por carros-pipa 

Atualmente, 15 cidades do Rio Grande do Norte estão sendo abastecidas exclusivamente por carros-pipa

Do mesmo modo, ansioso pelas mudanças climáticas, está o meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot. Ele explica que os meses de março e abril são decisivos para se delinear o comportamento das precipitações para o resto do ano. Como choveu tão pouco em março e a mesma tendência está em curso neste mês de abril, é possível que a situação se agrave nos próximos meses. “Tivemos o março mais seco da história, desde quando começamos a realizar os monitoramentos”, afirma Bristot. Prova disso é quantidade de cidades potiguares sem incidência de chuvas significativas, tornando o solo muito seco. Em abril de 2012 eram 111 municípios; nesta sexta-feira, 12 de abril, o total ja é de 136 cidades, incluindo o litoral, na mesma situação.

Fonte: tribunadonorte.com.br 

 

fonte do blog de jatão vaqueiro

sábado, 13 de abril de 2013

A SECA DEVORA O SERTÃO



Devido o fator climãtico
O sertão é castigado
Pela intempérie do tempo
Está muito devastado
As matas estão cinzentas
As estradas poeirentas
A falta d'água apavora
Porque é grande a secura
O sertão sofre a tortura
Da seca que lhe devora.

Os efeitos são danosos
Da prolongada estiagem
Do labor do sertanejo
Só resulta desvantagem
Sem cair chuva no chão
Sem nenhuma produção
As famílias vão embora
Não tem mais agricultura
O sertão sofre a tortura
Da seca que lhe devora.

Todos sabem que a seca
Traz resultados estranhos
Há devastação nos campos
Dizimação dos rebanhos
Por todo canto há destroços
Some-se a água dos poços
E o povo que ali mora
É vítima dessa amargura
O sertão sofre a tortura
Da seca que lhe devora.

Fica o sertanejo triste
No lugar onde nasceu
Olhando para as caveiras
Das reses que já perdeu
Aumenta mais sua mágoa
Vendo o açude sem água
Ele não suporta e chora
A dor sua alma perfura
O sertão sofre a tortura
Da seca que lhe devora.

Não existem mais mangueiras
Os cajueiros morreram
As abelhas das colmeias
Todas desapareceram
E nas cisternas também
A pouca água que tem
É vinda de longe agora
Racionada e impura
O sertão sofre a tortura
Da seca que lhe devora.

O capinzal do baixio
Há tempo que esturricou
Laranjeiras, goiabeiras
Nem sequer uma escapou
Não há mais sítios de cana
Nem produção de banana
Porco, ovelha e cabra agora
São poucos a essa altura
O sertão sofre a tortura 
Da seca que lhe devora.

Os passarinhos não cantam
No romper da alvorada
Galo não acorda mais
Roceiro de madrugada
As pinheiras estão mortas
Não há plantação de hortas
Juazeiro em toda a flora
É o único com verdura
O sertão sofre a tortura
Da seca que lhe devora.

Com a irregularidade
Das chuvas é o sertão
De quando em vez torturado
Pela grande sequidão
Muitos séculos transcorreram
Políticos não resolveram
O problema até agora
Só Deus livra dessa agrura
O sertão sofre a tortura
Da seca que lhe devora.

Autor: Zé Bezerra
fonte do blog jatão vaqueiro

Armazéns da Conab estão praticamente sem estoque


 Deu na Tribuna do Norte:
Com estoque baixo, Conab espera receber milho até 14 de maio
Com estoque baixo, Conab espera receber milho até 14 de maio
Os estoques do milho não estão sendo suficientes para atender a crescente demanda do grão no Rio Grande do Norte. Antes do programa de aquisição de alimentos ser criado, para minimizar os efeitos da seca na região Nordeste, em maio de 2012, 4.103 compradores estavam cadastrados na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse  número subiu para 18.239 cadastros até a primeira semana de abril deste ano, o que mostra uma evolução de 445 %.
O superintendente regional da Conab, João Maria Lúcio da Silva, disse que nesses dez primeiros dias de abril foram comercializadas 2.412 toneladas de milho, com o registro de 1.926 atendimentos a criadores de bovinos, caprinos, suínos e até avicultores. De acordo com o Programa de Vendas em Balcão da Conab, em março o volume de vendas do grão alcançou 8,6 mil toneladas e 7,7 mil atendimentos, enquanto em fevereiro, foram vendidos 6,9 mil toneladas do grão e registrados 7,7 mil atendimentos.
João Lúcio da Silva informou, que para beneficiar o maior número de possível de pequenos criadores, houve uma mudança no critério de atendimento, garantindo-se a esse grupo, ainda, 50% da cota  limite de até três toneladas.
O superintendente da Conab explicou que caiu aquela cota para os criadores que tinham direito a uma cota entre 7,1 toneladas e 13,98 t. Agora, permanece apenas duas faixas de atendimento, a primeira de 60 kg a 3 toneladas, com preço da saca de 60 quilos subsidiado a 18,12 e a segunda, de 3,1 toneladas a 6 toneladas, com preço de R$ 21,00 a saca.
Antes do advento do programa especial pelo governo federal, os estoques reguladores da Conab trabalhavam com um preço da saca de 60 kg de milho a R$ 33,60 – um pouco abaixo do valor comercial de mercado.
A Conab também informou que da cota prevista de 77 mil toneladas de milho pelo programa especial da seca em 2012 para o Rio Grande do Norte, 80,4% já foram embarcados, restando o embarque de 18,8 toneladas.
fonte do blog nossa terra

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Governo garante R$ 100 milhões para alimentação de rebanhos


 O Ministério da Integração Nacional, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), está desenvolvendo programas de fomento à produção de palma forrageira e de mudas de mandioca para garantir o alimento aos rebanhos do semiárido, mesmo nos períodos da estiagem. O investimento total previsto é de R$ 100 milhões até 2014, desses R$ 30 milhões serão aplicados ainda este ano.
O ministro Fernando Bezerra Coelho explicou que essa é mais uma frente de trabalho do Governo Federal no enfrentamento à estiagem. De acordo com ele, todo o esforço do governo é feito para garantir que a maior estiagem dos últimos 50 anos não comprometa o desenvolvimento da região. “Por isso, não bastam ações emergenciais. Estamos trabalhando para assegurar uma nova perspectiva em relação ao futuro”, disse o ministro.

fonte do blog de nossa terra

Reunião do PRODECENTRO na UFERSA-ANGICOS



TERRITÓRIO SERTÃO CENTRAL CABUGI E LITORAL NORTE REALIZA A TERCEIRA ASSEMBLEIA

Abertura feita pelo o articulador
Plenaria
Raimundo Costa MDA

Foi realizada ontem  na cidade de Angicos na auditória da Ufersa a terceira assembleia do Território Sertão Central Cabugi e Litoral Norte, com participação dos 10 Municípios que compõem o Território, a primeira pauta foi a presentação do RN SUSTENTÁVEL feita por técnicos da Seplam onde foi colocado todos os pontos  do programa, dos objetivos , publico beneficiados , criação dos conselhos e recursos disponível para o financiamento, no mês de maio deve ave uma  apresentação para todos os prefeitos dos Municípios. A previsão é que no segundo semestre seja publicado os primeiros editais.

 O segundo item da pauta foi feito pelo o delegado do MDA no estado Raimundo Costa, que informou do reconhecimento do território  pelo o Condraf como Território Rural, o reconhecimento é a porta de entrada para chegar ao território da Cidadania, o delegado também fez uma presentação das medidas de convivência com a seca do Governo Federal como, ampriação da operação pipa, renegociação das dividas dos agricultores, ampriação do bolsa estiagem e seguro safra e distribuição de equipamentos para os Municípios. A próxima Assembleia sera no dia 14 em Galinhos.

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Vítimas da seca



Adeus vaca leiteira!
Adeus boi de estimação!
Vocês são vítimas da seca,
Dói muito o meu coração.

Hoje me faltam palavras,
Para expressar minha dor.
Só mesmo as ardentes lágrimas,
Para mostrarem como estou...

Castigado pelo destino,
Que carrego como sorte.
Vendo o gado no chão caído,
Se abraçando com a morte

É triste a situação!
Confesso que dói demais.
Olhando sem solução,
O sofrer dos animais.

Os urubus se aproximam,
Todos vestidos de preto.
Para uma última visita,
A dezena de esqueletos.

E o sol que é testemunha,
Do sofrer do meu sertão.
Deixa no solo ranhuras,
Matando a plantação.

Oh! Meu Deus me dá prazer!
Que te ofereço oração.
Faz essa chuva descer,
E molhar o meu sertão.

Quero tomar banho na chuva,
Plantar na terra a semente.
Vê na mesa a fartura,
E os nordestinos contentes!!!
JFeitosa
fonte do blog de jatão vaqueiro

MDA discute perspectivas para agricultura familiar brasileira


MDA
MDA discute perspectivas para agricultura familiar brasileira

Foto: Andrea Farias/MDA

Debater limites e desafios das políticas para a agricultura familiar. Este foi o objetivo do painel realizado em seminário, nesta quarta-feira (10), na Câmara dos Deputados. O evento contou com a participação do secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Valter Bianchini, que destacou a importância da integração entre governo e movimentos sociais.
Entre os desafios levantados pelos participantes, um dos mais importantes foi a necessidade em se pensar as políticas públicas de forma regional. O secretário concordou e citou o conjunto de ações que estão sendo desenvolvidas pelo governo federal para o semiárido, que para ele são um bom exemplo do potencial deste modelo. “Vocês falam com propriedade e isso vai nos ajudar a pensar nossas políticas levando em conta a diversidade”, afirmou Bianchini.
A Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) foi outro ponto muito discutido. Para os presentes, a assistência para a agricultura familiar deve levar em conta as especificidades do setor. “É necessário investir em um processo de reestruturação dos técnicos que estão nas agências estatais para avançarmos, principalmente no que diz respeito ao modelo agroecológico de produção”, sugeriu o pesquisador do Observatório de Políticas Públicas para a Agricultura (OPPA), Lauro Mattei.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) também entrou na pauta. Os expositores concordaram com a importância do crédito para o desenvolvimento da agricultura familiar, mas pediram maior atenção aos segmentos mais pobres.
“Nós temos 500 anos de história para mudar. Temos consciência de que isto precisa de tempo, mas isso não quer dizer ficar parado esperando”, comentou Lauro Mattei. Segundo ele, para que a agricultura familiar evolua é preciso que políticas agrícolas, agrárias e de segurança alimentar caminhem juntas. Na sua avaliação o desafio é inovar na concepção política da agricultura familiar. O secretário, Valter Biachini, concordou. “Este seminário é muito importante. Vamos caminhar neste processo, escutando estas críticas, pensando novas alternativas. Vamos caminhar juntos.”
Seminário
O painel faz parte da programação do Seminário 10 anos de Políticas para a Agricultura Familiar: Avanços e Desafios, realizado na Câmara dos Deputados. Durante o primeiro dia, mais de 140 pessoas participaram do evento, que segue até amanhã (11). Entre os participantes, deputados e senadores, representantes dos órgãos responsáveis pelas políticas para a agricultura familiar, membros de movimentos sociais do campo e integrantes de entidade de assessoria, de pesquisa e de apoio ao segmento.

A estiagem e a seca em um novo contexto do Semiárido brasileiro



ASA BRASIL
A estiagem é um fenômeno da natureza. A fome, a miséria e a morte daí decorrentes, porém, são produtos da ação humana e das políticas dirigidas a essas regiões e populações
Revista Le Monde Diplomatique
Naidison de Quintellla Baptista, Antonio Gomes Barbosa, Alexandre Henrique Bezerra Pires*
02/04/2013
Chuvas irregulares e mal distribuídas são características do Semiárido. Significa chover em alguns lugares mais que em outros e que nem sempre as águas que caem são suficientemente armazenadas para atender às necessidades das pessoas. Quando esse processo se intensifica, há as grandes secas. Desde 2010 o Semiárido brasileiro passa por uma das maiores secas dos últimos trinta anos.

Segundo a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa do Governo de Pernambuco, nesse estado a lavoura do milho decresceu 80,4%; a do feijão, 70,3%; as lavouras temporárias, 11,7%; e a pecuária, 28,4%. Outros dados, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), mostram que a Bahia diminuiu em 44,4% a lavoura do feijão; 23% a da mandioca; e 8,1% a do milho. De acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), a agropecuária diminuiu em 20,11%.

Esses fatos geram impactos em toda a economia e prejudicam a todos: os ricos e os pobres, os grandes e os pequenos. No entanto, são os sem-terra, os agricultores familiares, os mais pobres que sofrem perdas irremediáveis, que colocam em risco seus rebanhos, suas sementes, suas famílias e sua própria vida. Os testemunhos e constatações nesse campo são publicados a cada dia e são irrefutáveis. No Brasil, de cada dez famílias de agricultores que vivem no meio rural, cinco estão no Nordeste, sobretudo no Semiárido. Portanto, a desestruturação é sentida diretamente nas economias locais. E, globalmente, todos sentimos esse fenômeno na elevação do preço dos alimentos.

Um fenômeno político


Nesse contexto, algo é evidente: a estiagem é um fenômeno da natureza. A fome, a miséria e a morte daí decorrentes, porém, são produtos da ação humana e das políticas dirigidas a essas regiões e populações. Não são, portanto, fenômenos naturais. A seca é política.

Por isso, é importante avaliar as estratégias e políticas que se dirigem ao Semiárido. Para tanto, vamos utilizar reflexões a esse respeito publicadas pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). A rede afirma que a seca atual, embora ainda contenha em si as mazelas e injustiças do projeto político da indústria da seca, “traz consigo outro viés que tem tornado a população mais capaz de resistir, de ser cidadã e deixar de ser manipulada”.1

A existência de uma população com tais características só é possível quando associada a processos de convivência com o Semiárido. Para a ASA, estase estrutura na posse da terra e na ideia de resgate e valorização dos conhecimentos e potencialidades de agricultores e comunidades, na construção de inovações sócio-organizativas de produção, de economias baseadas na solidariedade e na participação.

No entanto, para que a convivência com o Semiárido se torne paradigma dominante na região, máxime nas políticas, será preciso, primeiro, derrotar a hegemonia do combate à seca.

Nesse sentido, a ASA destaca:

“No Brasil e no Semiárido, as secas sempre foram oportunidade fértil para as oligarquias aumentarem suas posses de terras, se locupletarem dos recursos públicos, conseguirem, com recursos públicos, obras vultosas e caras para beneficiar suas propriedades e de seus comparsas políticos, enraizarem seu poder político à custa da miséria da população, exposta em filas à busca de gotas de água e migalhas de alimentos. Aliadas a esse quadro, as secas expulsam de suas terras e de seu torrão natal centenas de milhares de cidadãos do Semiárido...

A oligarquia e os políticos dela oriundos e a ela ligados sempre explicaram esse fenômeno como algo de responsabilidade da natureza, esquecendo-se, intencionalmente, das decisões políticas deles próprios e dos governantes. Creditam, assim, à natureza aquilo que é responsabilidade e resultado das decisões políticas”.

Reconhecendo os avanços e limites do que está sendo feito hoje, a ASA afirma:
“Efetivamente muitas políticas e programas se espalham pelo Semiárido, tornando-o, de certo modo, diferente, mais humano, mais adequado à convivência com o clima e suas intempéries...

Eis alguns exemplos:

O Bolsa Família, acrescido do Bolsa Estiagem, enquanto ações emergenciais; a extraordinária malha de captação de água construída no Semiárido através das cisternas, resultado da ação de vários parceiros que com isso se envolveram, especialmente a ASA e o governo federal; essa malha, contando com mais de 700 mil cisternas de consumo humano, armazena milhões de litros de água outrora desperdiçados e o faz de forma democrática e desconcentrada; a malha de captação e distribuição de água para produção e dessedentação de animais, através das mais variadas tecnologias sociais; as adutoras e processos semelhantes de abastecimento da população.

As ações do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de compra da alimentação escolar (Pnae), que estruturaram propriedades, criaram e enraizaram bancos de sementes e processos de armazenamento de grãos e sementes; o crédito destinado à agricultura familiar e os processos de assistência técnica, embora ainda carentes de uma adequação mais radical à realidade do Semiárido e agroecologia e carentes, igualmente, de uma radical desburocratização; os processos agroecológicos implementados, especialmente em razão da teimosia de ONGs.

Todos esses processos fizeram que o Semiárido estivesse um pouco mais preparado para esta seca... e atravesse-a com vida digna”.

No entanto, se todos esses elementos são importantes e fundamentais, é estratégico deixar claro que esses processos ainda não são políticas universalizadas e, por isso, a miséria e a fome perpassam o Semiárido neste momento.

Enquanto elemento estruturante e essencial para efetivação da plena convivência com o Semiárido, a ASA é enfática sobre a urgente necessidade de enfrentar o problema do acesso à terra na região. Para tanto, destaca:

“Em todo tempo, mas especialmente numa época de seca, é perceptível a necessidade de uma reforma agrária eficiente e adequada ao Semiárido, para garantir terra para as pessoas viverem e trabalharem [...]. O governo, no entanto, teima em ignorar esse problema. Efetivamente, ou se disponibiliza o acesso à terra ou milhares e milhares de famílias do Semiárido nunca terão as efetivas condições de conviver com o Semiárido, porque lhes faltará o espaço necessário para guardar a água, produzir e armazenar alimentos, criar animais, plantar”.

Indo além, constata-se que a convivência com o Semiárido está direta e umbilicalmente associada à cultura do estoque. Estocar é uma estratégia que muitas famílias da região já praticam e que precisa ser ampliada e incentivada. Por isso, o limite da terra impede a convivência e a vida no Semiárido.

A convivência na prática


A ASA, ao falar em cultura, política e estratégia de estoque, expressa a necessidade de que a assistência técnica, o crédito, as infraestruturas e todas as ações desenvolvidas com os agricultores na região explicitem e dinamizem essa perspectiva. Essa não é uma dinâmica nova na humanidade, mas uma característica principalmente de regiões em que as condições para plantio são temporais e exigem estratégia de manutenção e armazenamento de alimentos.

Aqui, ao dar relevo a essas estratégias, estabelecemos uma relação com o que vem fazendo a ASA em parceria, sobretudo, com o Estado brasileiro e a cooperação internacional:

1) Estocar água para os períodos de poucas chuvas. Os programas Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da ASA, têm garantido as condições mínimas das famílias terem acesso à água para o consumo humano e para a produção. Atualmente são mais de 700 mil famílias com água para o consumo humano, o que corresponde a aproximadamente 3,5 milhões de pessoas. Alegra-nos constatar que a proposta de cisternas da ASA se transformou no Programa Cisternas do governo federal, que busca atender a 1,25 milhão de famílias e, por conseguinte, contemplar 6,25 milhões de pessoas.

2) Selecionar e estocar as melhores sementes nativas para o plantio nos anos seguintes e armazenar também para o consumo. Essas práticas garantem às famílias camponesas um forte grau de soberania sobre sua produção e seu alimento, além de preservar os conhecimentos locais e possibilitar a construção de relações solidárias, gerando autonomia e consciência político-organizativa, e fortalecendo as redes locais de troca e produção de conhecimentos e material genético. Hoje, em razão do trabalho de centenas de organizações, estão estocadas em casas comunitárias de sementes dezenas de variedades de sementes agrícolas crioulas. É essa prática que ainda tem preservado as sementes crioulas da contaminação dos transgênicos e de outras iniciativas do agronegócio que degradam os conhecimentos tradicionais e a biodiversidade.

A instalação de uma unidade da Monsanto, uma das dez maiores empresas multinacionais de produção de agrotóxicos e sementes híbridas, na cidade de Petrolina, no Semiárido pernambucano, constitui forte ameaça à agricultura familiar camponesa na região. Iniciativas dessa natureza dialogam com um modelo de desenvolvimento rural ultrapassado quando olhamos as dimensões da sustentabilidade, uma vez que está baseado na dependência de insumos, no esgotamento dos recursos naturais e na degradação socioambiental.

Esse tipo de investida, que conta com apoio do Estado brasileiro, segue na contramão de uma necessidade planetária de mudança no padrão de produção e consumo, que permita minimizar as mudanças no clima e como consequência os impactos nas populações mais vulneráveis, entre as quais aquelas do Semiárido brasileiro. Também se torna contraditório na medida em que outras estratégias são percebidas, como é o caso da criação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo).

3) Estocar alimento para os animais valorizando o cultivo e uso de plantas da Caatinga é algo também significativo. São várias as estratégias adotadas pelas famílias, desde o cultivo de espécies como palma e mandacaru, essenciais para a manutenção dos rebanhos. As práticas mais comuns são os campos de proteínas com espécies forrageiras e o manejo sustentável da Caatinga, assim como as práticas de armazenamento com o feno e o silo.

4) A criação de raças adaptadas ao clima e às necessidades das famílias integra também as preocupações relacionadas às condições de viver e produzir no Semiárido. No entanto, não é difícil encontrar iniciativas, muitas delas com financiamentos públicos, que estimulam a criação de raças de animais com origem em climas não semiáridos, sob a alegação de melhoramento genético.

5) Outra iniciativa estratégica na convivência com o Semiárido e que tem gerado transformações para muitas famílias na região são os Fundos Rotativos Solidários (FRS). Esses fundos, cuja gestão é feita pelos próprios grupos e associações locais, têm possibilitado o acesso rápido e desburocratizado a pequenos recursos que são utilizados principalmente para incrementos de infraestruturas produtivas: melhoria de cercas, bombas para pequenas irrigações, melhoria dos currais dos animais, equipamentos para criação de abelhas, equipamentos para beneficiamento da produção, máquinas para produção de forragem, entre outras necessidades. Esses recursos, em sua maioria oriundos de apoios internacionais, têm possibilitado uma maior participação das mulheres, sobretudo nas atividades econômicas da produção familiar. Esse tipo de iniciativa econômica favorece a construção de laços de solidariedade entre as pessoas, organizações locais e comunidades, de modo que a inadimplência no repasse dos recursos é insignificante do ponto de vista percentual. O governo, no entanto, atua com enorme resistência quando se trata de ampliar essas experiências e nelas injetar recursos.

Muitas dessas práticas de convivência com o Semiárido estão registradas nos boletins O Candeeiro, ferramenta de comunicação utilizada pela ASA para disseminar esses conhecimentos, assim como na plataforma “Agroecologia em Rede”, um sistema de informação sobre iniciativas em agroecologia de iniciativa da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

A história é dialética. Desse modo, importa perceber o significado desse conjunto de estratégias de convivência com o Semiárido, todas simples, acessíveis, protagonizadas pelas famílias agricultoras e que contam, em muitos casos, com o apoio dos governos; importa reconhecer os avanços no campo das políticas públicas para a agricultura familiar camponesa. No entanto, isso é muito pouco. Assim, é preciso questionar profundamente iniciativas que vão de encontro a esses processos, como a continuidade de investimento em grandes obras no Semiárido, em sua maioria excludentes e que reproduzem as políticas de combate à seca, entre as quais a transposição do São Francisco; questionar o financiamento de projetos que degradam a biodiversidade e esgotam os recursos naturais; questionar a omissão do governo no que se relaciona ao problema do acesso a terra; questionar o persistente modelo de assistência técnica que desvaloriza os conhecimentos locais e apregoa a dependência de insumos químicos, assim como a falta de investimentos em uma matriz energética que preserve os recursos naturais e biológicos e iniciativas que colocam em xeque a soberania alimentar e nutricional da população do Semiárido e sua autonomia política nas decisões sobre caminhos para uma vida com mais dignidade.

* Naidison de Quintellla Baptista
Educador, secretário executivo do Movimento de Organização Comunitária (MOC) e coordenador executivo da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)

* Antonio Gomes Barbosa
Sociólogo e coordenador do Programa P1+2: Uma Terra e Duas Águas, da Articulação do Semiárido Brasileiro/ ASA

* Alexandre Henrique Bezerra Pires
Biólogo, mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e coordenador-geral do Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá.