sexta-feira, 28 de junho de 2013

Conab vende 94% do volume de trigo ofertado em leilão

Foram comercializadas mais de 66 mil toneladas

por Estadão Conteúdo
 Shutterstock
Preço médio pago pelo trigo gaúcho chegou a R$ 875 por tonelada
O leilão de trigo dos estoques públicos realizado feito nesta quinta-feira (27/6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vendeu 66,184 mil toneladas, que correspondem a 94,05% das 70,372 mil toneladas ofertadas. O preço médio de arremate no leilão foi de R$ 832 por tonelada, com ágio de 22% sobre o valor de abertura de R$ 682 por tonelada. A Conab arrematou no leilão R$ 55,036 milhões. 

Das 40,049 mil toneladas ofertadas no Paraná foram arrematadas 35,87 mil toneladas (89,58%) e o preço médio de arremate ficou em R$ 875 por tonelada, com ágio de 26,1%. A receita pelo cereal depositado em armazéns paranaenses somou R$ 31,388 milhões. 

No Rio Grande do Sul, foram arrematadas 30,308 mil toneladas, volume que corresponde a 99,95% das 30,323 mil toneladas ofertadas. O preço médio pelo produto gaúcho foi de R$ 780 por tonelada, com ágio de 16,5%. A receita alcançou R$ 23,648 milhões. 

Dos 20 lotes ofertados no leilão cinco tiveram sobras. O maior lote, de 15,773 mil toneladas depositadas em Ponta Grossa, negociou 99,5% da oferta e registrou o preço mais alto do pregão (R$ 905 por tonelada). O maior ágio (41,5%) foi pago por um lote de 500 mil toneladas, também depositado em Ponta Grossa. O lote menos negociado foi de 6 mil toneladas depositadas em Pato Branco, das quais foram vendidas 3,350 mil toneladas (55,8%). O menor ágio e também menor preço do pregão ocorreu na negociação de um lote de 3,5 mil toneladas depositadas em Santa Rosa (RS), que saiu por R$ 725/tonelada, valor 8,2% acima do preço de abertura. 

Estudo prevê crescimento nos setores da agricultura e pecuária

Projeções para os próximos 10 anos foram divulgadas pelo governo.
Estudo mostra crescimento na produção dos principais produtos.

Do Globo Rural

A cartilha de 96 páginas compara a produção agrícola deste ano com a de 2023, período em que a safra de café deve crescer 10,9%. Para leite e grãos, o aumento previsto é de 20,7%. Já a produção de carnes, que compreende bovinos, suínos e aves, deve aumentar 34,9%.
O número expressivo das carnes tem dois motivos: o aumento do consumo e o crescimento das áreas de integração lavoura/pecuária.

A área do país que deve continuar se destacando é a região de Matopiba, que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos próximos 10 anos, a área de grãos, que é a atividade mais forte nessa região, deve crescer até 3,6 milhões de hectares, o que representa um aumento de 43%.

O Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, comenta que os bons número do crescimento agrícola não ameaçam a preservação ambiental.
Esse tipo de levantamento ajuda o governo a formular políticas públicas e também fornece uma base de dados para o setor produtivo.
Clique aqui e conheça o estudo completo
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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Presidente do BNB promete medidas para produtores rurais

 

A reunião do presidente do Banco do Nordeste do Brasil, Ary Joel Lazarin, com os produtores agrícolas do Rio Grande do Norte culminou com o compromisso do BNB de anunciar, nos próximos dias, medidas que atenderão aos pleitos da categoria, que reivindica novas condições de pagamento das dívidas junto ao banco, devido ao comprometimento do negócio pela estiagem que abateu a região.

Durante o encontro, que ocorreu no Parque Aristófanes Fernandes, Ary Lazarin evitou anunciar já as medidas, mas garantiu que o BNB não está inerte as demandas surgidas a partir da seca no semiárido. “O banco atenderá o que é necessário. Concederemos novos créditos, estenderemos aquelas dívidas que estão vencendo este ano ou que venceram ano passado. Vamos equalizar tudo isso”, destacou.Questionado se é viável o perdão da dívida ou suspensão do pagamento, o presidente do BNB foi cauteloso e disse que é necessária uma análise individual dos casos.


“O que precisamos fazer é analisar com muita tranqüilidade os casos que ocorrem, temos que ter sensibilidade para o momento pelo que passa o Nordeste e avaliar muito bem os casos”, disse. Ele ressaltou que a instituição financeira não tem interesse em punir os inadimplentes com a perda das suas propriedades. “O banco não tem interesse em ficar com o imóvel ou propriedade de ninguém. Esse não é o papel do banco”, observou.

fonte do blog de lajes

"É preciso valorizar o saber popular", afirma Sílvio Porto, da Conab



Mariana Reis - ASACom
Recife-PE
26/06/2013
Silvio fala sobre os 10 anos do PAA
foto: Elza Fiuza/ABR
 No mês de julho, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) completa dez anos de atuação no fortalecimento da agricultura familiar. Para contextualizar a ação do PAA no Semiárido, a ASACom  entrevista nesta semana Sílvio Porto, diretor de política agrária e informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão federal responsável pelo acompanhamento de todas as etapas da produção agrícola no País.

ASACom – No início de junho, o governo federal anunciou o Plano Safra 2013/2014, que prevê o investimento de 1,2 bilhão para o PAA. Quanto desse recurso poderá ser acessado por agricultores familiares ou associações do Semiárido? Qual o percentual deste valor que será viabilizado via associações de agricultores e via prefeituras?

Sílvio Porto – Pelo menos 50% poderão ser acessados pelas organizações sociais, porque a Conab estará executando, no mínimo, esse total, numa projeção conservadora para esse ano. Historicamente, o Nordeste tem sido a região que mais participa do programa desde o primeiro ano, tanto em volume de recursos, quanto em número de famílias. Mas quando fazemos o recorte para o Semiárido, vemos que o acesso ainda se constitui um desafio, apesar de todo o diálogo. Ano passado, foram investidos R$ 100 milhões para a região, muito em função da estiagem.

ASACom  – Como está sendo o diálogo da Conab com a sociedade civil para execução do PAA, especificamente para o Semiárido? Como o diálogo ajuda na superação de desafios atuais?

Sílvio Porto – Tudo o que a Conab operacionaliza é feito pro meio de associações e cooperativas, de modo a capilarizar a nossa ação no Brasil. Em 10 anos de execução, as organizações que acessaram  o programa puderam se qualificar no mercado porque, a partir dessa participação, há toda uma necessidade de organizar a produção e os grupos, fortalecendo o próprio ente jurídico no conjunto de seus associados. Isso também permite que se domine contabilidade e administração, trazendo empoderamento. Como o recurso vai direto para a organização, ela passa a ser não só um sujeito de direitos que atua como um ente de intervenção local, mas também um agente econômico de relevância que articula a produção e o consumo. É relevante dizer que a participação de mulheres nos grupos mistos tem tido um protagonismo muito interessante, e a partir de 2013 passamos a convocar, como condição de equidade de gênero, que no mínimo 40% de cada proposta apresentada tenha a presença feminina.

ASACom – O Semiárido está passando por uma das piores secas dos últimos 40 anos. De que forma o PAA vem ajudando os agricultores e agricultoras a enfrentarem os desafios que surgem devido a essa conjuntura?

Sílvio Porto – O Pronaf [Programa Nacional de Agricultura Familiar] é essencial nisso e teve um crescimento substancial até 2010. De lá pra cá, o desafio, na verdade, é aplicar todo o recurso disponível. Foram anunciados este ano R$ 23 bilhões da Pronaf para crédito, custeio e investimento, e R$ 1,2 bilhão para aquisição da produção. O nosso grande desafio é executar esses recursos, fazer com que eles efetivamente cheguem às organizações e que elas estejam minimamente informadas e devidamente capacitadas para poder elaborar suas propostas e fazer a gestão desses recursos transferidos para aquisição de alimentos. Conseguimos evoluir e o Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar] foi fundamental por ter sido o berço do PAA a partir da articulação e da proposta. Até hoje o conselho acompanha e monitora toda a execução e fortalece anualmente a importância da alocação desses recursos. Esse processo evoluiu significativamente de 2011 pra cá e há a perspectiva de chegar no próximo ano a R$ 2 bilhões. Então, ao mesmo tempo em que se traz um enorme investimento, se traz o desafio de conseguir com que as organizações se apropriem de todos os mecanismos disponíveis para acessar o programa, para que não se caia no risco de dizer que é muito recurso e que o PAA não precisa disso tudo. Então estamos correndo atrás disso para a retomada da produção, que se coloca num processo mais lento, após o segundo ano de estiagem consecutiva.

ASACom – Para a ASA, alguns dos principais desafios para a execução do programa são o acesso à terra para a agricultura familiar e  o acesso ao crédito, que precisaria contar com uma linha de assistência técnica agroecológica e de convivência com o Semiárido, além de assessoria técnica permanente. Como o senhor avalia esses desafios? 

Sílvio Porto – Eu diria que a gente cuida de uma parte do processo da política. O acesso ao território, o acesso hídrico, passam necessariamente pela intervenção de outros programas e de outras políticas sobre as quais nós não temos governabilidade direta. Reconhecemos a necessidade de articular um conjunto de políticas e ações para fortalecer o acúmulo que organizações sociais já fizeram em relação à convivência com o Semiárido. Toda a riqueza que o homem e a mulher sertanejos têm em relação a dialogar com o poder público e o desafio do governo é esse: incorporar às suas ações os saberes populares, fazendo disso uma estratégia para a região, a partir da experimentação que vem sendo feita a partir de décadas. Eu diria que não é preciso reinventar a roda, mas dinamizar e permitir que a política pública incorpore as tecnologias sociais desenvolvidas pela ASA na questão hídrica, no manejo da caatinga, no trato com os animais... Não é preciso trazer soluções de fora, mas sim valorizar efetivamente o que a região tem acumulado de conhecimento e o que tem a oferecer, na perspectiva de transformar isso numa grande política pública ou em várias ações que permitam elevar a condição da inclusão produtiva, de ocupação e de renda para essa população. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Conab monitora estoques de alimentos do país para checar números e qualidade


 Publicado por Robson Pires

O governo federal está monitorando os estoques de alimentos públicos do país a fim de garantir a qualidade e a quantidade dos grãos armazenados. Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) inspecionam armazéns de 13 estados brasileiros.
A vistoria é a quarta ocorrida em 2013. Ao todo, 409 mil toneladas de grãos serão inspecionados em 143 locais que fazem estoques públicos de alimentos. Destes, 89 armazéns são próprios da Conab e 54 são unidades privadas que adquiriram produtos pela Conab por meio de mecanismos de financiamentos de preços mínimos ou de contratos de opção, entre outras modalidades de empréstimos.

Comissão de Agricultura aprova PL que trata do seguro-desemprego para trabalhadores rurais safristas e por curta duração


http://www.contag.org.br/img/sep.gif

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou no dia 20 de junho, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 4.285/12, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), que garante o direito ao seguro-desemprego por até três meses ao trabalhador rural que tenha sido contratado por tempo determinado, nas modalidades de contrato de safra e por pequeno prazo, no valor de um salário mínimo. Na ocasião, o deputado federal Assis do Couto (PT/PR) apresentou o seu parecer favorável à matéria.

A CONTAG, através da Secretaria de Assalariados e Assalariadas Rurais e da Assessoria Parlamentar, está acompanhando e articulando a votação desse PL desde o Senado Federal e continuará lutando para que ele seja definitivamente aprovado.

Após a aprovação final do PL, o trabalhador e a trabalhadora rural desempregado(a) que tenha sido contratado por safra (Lei nº5.899/73) e por pequeno prazo (Lei 11.718/08), fará jus ao benefício do seguro-desemprego, por até 4 meses, no valor equivalente a um salário mínimo mensal, a cada período de 16 meses, desde que comprove:

I - a existência anterior de relações de emprego contratadas por safra, por pequeno prazo ou por prazo determinado, por período total mínimo de oito meses, durante os últimos 24 meses;

II – encontrar-se em situação de desemprego involuntário;

III – não estar em gozo de benefício de prestação continuada da Previdência ou da Assistência Social;

IV – não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente para sua manutenção e a de sua família.

O benefício será cancelado em caso de início de atividade remunerada, de percepção de qualquer outra remuneração regular ou benefício previdenciário ou de morte do beneficiário.

A CONTAG tem a compreensão de que a aprovação deste Projeto de Lei é bom para os trabalhadores e trabalhadoras rurais que geralmente trabalham na atividade de safra ou de curta duração. Por isso, conclama o Poder Legislativo Federal que acelere a votação e a aprovação final da matéria.

A CONTAG parabeniza o senador Antônio Carlos Valadares pela aprovação no Senado Federal e o deputado Assis do Couto pelo brilhante trabalho realizado até o momento. A entidade parabeniza também todos os senadores e deputados que votaram em favor a este PL.

O secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da CONTAG, Elias D´Angelo Borges disse que “os trabalhadores e trabalhadoras rurais do Brasil venceram uma grande batalha com a aprovação do Projeto de Lei, que garante o seguro-desemprego aos safristas e contratos de curta duração, na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Mas, ainda tem muito a ser feito, pois falta a aprovação final e vamos continuar lutando até que os trabalhadores(as) rurais, em atividades temporárias no campo brasileiro, tenham o seguro-desemprego garantido, igualando-se aos demais trabalhadores”.
FONTE: Secretaria de Assalariados e Assalariadas Rurais da CONTAG

Agricultura familiar será destaque em Feira Internacional de Alimentação

Agricultura familiar será destaque em Feira Internacional de Alimentação

Foto: Eduardo Aigner/MDA

Produtos da agricultura familiar estarão pela primeira vez em evento para o segmento de produtos naturais e promoção da saúde aberto também ao consumidor final, a Natural Tech 2013 - 9ª Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde, de 27 a 30 de junho, em São Paulo. 

O espaço dos empreendimentos da agricultura familiar, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), vai se chamar Brasil Orgânico e Sustentável. Com 324 metros quadrados, terá 14 empreendimentos de alimentos e bebidas, nove pela "boutique" Talentos do Brasil Moda, que vai reunir grupos de artesãs e um de artesanato utilitário. Além da área de exposição e comercialização, contará com uma sala para encontro de negócios e espaço de convivência. 
O diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor (Degrav), da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Nilton Pinho de Bem, assinala que o ambiente da feira será de negociação da agricultura familiar com bares, hotéis, restaurantes e redes varejistas. 

Para Nilton, a participação da agricultura familiar na Natural Tech vai ser uma das grandes atrações do evento “pelos produtos diferenciados de todas as regiões do país, a capacidade de atendimento ao mercado, além da estética do espaço, que vai traduzir o Brasil rural contemporâneo”. O grande evento para profissionais também é aberto ao consumidor final e mostrará para ambos os públicos a qualidade dos produtos da agricultura familiar. 
Brasil Orgânico e Sustentável. 

Os 24 empreendimentos da agricultura familiar que estarão na Natural Tech  participam do Brasil Orgânico e Sustentável, campanha do governo Federal que tem como foco fortalecer a agricultura familiar por meio do incentivo ao consumo de produtos orgânicos, sustentáveis e saudáveis. 

Trata-se de uma campanha de consumo consciente - voltada, sobretudo, para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A iniciativa é do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério do Esporte (ME), em parceria com a Agência de Cooperação Alemã – GIZ – e a Associação Brasil Orgânico e Sustentável – Abrasos. 

O evento 
A feira oferece as principais novidades em alimentos, cosméticos, vestuário e terapias complementares. Tem foco na realização dos negócios e no desenvolvimento do setor. Reúne, em 7 mil m² do pavilhão da Bienal do Ibirapuera, os lançamentos de cerca de 140 fabricantes e distribuidores de alimentos funcionais, probióticos, integrais, vegetarianos, diet e light, fitoterápicos, suplementos alimentares, mel e derivados, cosméticos naturais, óleos e essências, tratamentos complementares e equipamentos. 

Paralelamente ao evento, acontece a principal feira de negócios de produtos orgânicos do Brasil, a Bio Brazil Fair/ BioFach América Latina – 9ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia. 
Em 2012, a Natural Tech teve - junto com a Bio Brazil Fair - 21 mil visitantes nacionais e internacionais, entre profissionais e consumidores. Um público formado por lojistas, gerentes e compradores de supermercados, clínicas, hospitais e restaurantes, médicos, nutricionistas, terapeutas, chefs, professores e outros.
Palestra 
No dia 27 de junho, às 16 horas, no Auditório principal do evento, será realizada mesa redonda com o tema “Programa de acesso aos produtos orgânicos sustentáveis”, com participação de representantes do MDA, da Itaipú Binacional e da Superintendência da Zona Franca de Manaus. 

Serviço 
NATURAL TECH 2013 – 9ª Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde 
Data: 27 a 30 de junho 
Horário: de quinta à sábado, das 11h às 20h, e domingo, das 11h às 20h 
Local: Pavilhão da Bienal do Ibirapuera – São Paulo 
Site: www.naturaltech.com.br 
Para o público consumidor, a feira será aberta nos dois últimos dias, 29 e 30 de junho
fonte do mda

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Famílias do Semiárido reforçam comercialização com PAA


Alimento produzido pela agricultura familiar. | Foto: Ana Lira/Arquivo Asacom
A acerola madura que, antes, estragava no pé, agora vira polpa de fruta e gera renda para a família de pessoas como Fabiana de Lima, jovem multiplicadora assessorada pela organização Centro Sabiá, em Pernambuco, e moradora da comunidade de Riacho do Tanque, na área rural do município de Bom Jardim, no Agreste do Estado. O pai de Fabiana, Severino Pedro de Lima, conhecido como Pedão, faz parte da Associação dos Agricultores Agroecológicos de Bom Jardim (Agroflor), que assim como o Centro Sabiá, integra a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Através dessa da associação, Pedão acessa o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), política do governo federal que promove, desde 2003, a inclusão social no campo e a segurança alimentar. “Começamos a trabalhar com o PAA em 2011. Aprendemos a fazer a polpa da acerola em oficinas e a produção envolve todos: minha mãe, eu, meu pai, minha irmã”, explica a jovem.
Com o programa, prefeituras e governos estaduais podem adquirir alimentos diretamente dos agricultores, individualmente. Outra possibilidade é a aquisição por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), através da qual os agricultores podem fazer a comercialização via associações e cooperativas, com dispensa de licitação. Essa última alternativa fortalece as organizações da sociedade civil e estimula o associativismo das famílias rurais.  Assim, hortaliças, leguminosas, frutas da época, produtos tipicamente regionais e beneficiados como sucos, bolos, doces e geleias chegam à mesa de escolas e creches locais e, ainda, podem ser destinados a estoque governamental “A proposta é boa como um todo porque o agricultor participa do processo, além de valorizar os produtos da agricultura familiar”, afirma Fabiana.
Nessa perspectiva, as práticas agroecológicas também ganham destaque, proporcionando a diversidade na produção e a qualidade da mesma, a partir do não-uso de agrotóxicos. Os agricultores e agricultoras que produzem no modelo agroecológico ou orgânico vendem seus produtos para o PAA por valores diferenciados - 30% a mais - pela qualidade dos alimentos. Essa produção também é incrementada pelo desenvolvimento de tecnologias sociais, como as cisternas de produção, que possibilitam a produção de alimentos mesmo nos períodos de estiagem prolongada.
Acesso ao PAA – De acordo com dados divulgados pela Conab, hoje, 80% do que é consumido pelos brasileiros provém da agricultura familiar. Para julho deste ano, quando o PAA completa 10 anos, o governo federal anunciou um recurso de R$ 1,2 bilhão do Plano Safra 2013/2014 para o programa. De acordo com Sílvio Porto, diretor de política agrária e informações da Conab, nos últimos anos, o investimento para a agricultura familiar vem aumentando. “Historicamente, o Nordeste tem sido a região que mais participa do programa desde o início, tanto em volume de recursos, quanto em número de famílias. Mas quando fazemos o recorte para o Semiárido, vemos que o acesso ainda se constitui um desafio, apesar de todo o diálogo. Ano passado, foram investidos R$ 100 milhões para a região, muito em função da estiagem”, informou.
Apesar das conquistas, ainda são muitos os desafios enfrentados pelos agricultores e agricultoras familiares que integram o programa. Uma questão, segundo relato de participantes, é o atraso na renovação das propostas, o que acarreta, muitas vezes, em desperdício de alimentos: os produtos beneficiados ficam prontos e precisam aguardar liberação, sendo pouco aproveitados pelos consumidores finais.

Nota da CONTAG sobre as manifestações



FOTO: César Ramos



A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG valoriza as manifestações democráticas e populares protagonizadas, principalmente, pela juventude em todo o Brasil e compreende que o clamor que vem das ruas decorre não de problemas pontuais e localizados, mas de questões estruturantes relacionadas ao modelo de desenvolvimento que aprofunda as desigualdades e a exclusão no Brasil. 

Muitos dos problemas vivenciados nas cidades, como a falta de qualidade nos serviços de saúde, educação, segurança e de mobilidade, têm relação direta com a forma com que, historicamente, o Estado vem tratando as políticas públicas, especialmente aquelas direcionadas ao campo brasileiro, que provocam o esvaziamento do interior e o inchaço dos grandes centros urbanos. 

Muitas lutas foram realizadas alcançando conquistas importantes para o povo brasileiro, porém não foram suficientes para romper com a desigualdade e fazer as mudanças necessárias nas instituições públicas e na qualidade de vida da maioria da população. Por isso, é preciso retomar a pauta das reformas estruturantes, especialmente em relação à Reforma Agrária, Reforma Urbana, Reforma Política, Reforma Tributária, Reforma do Judiciário, democratização dos meios de comunicação, garantia de produção de alimentos saudáveis e utilização correta dos recursos públicos para atender as necessidades em torno dos direitos à saúde, educação, cultura, segurança, transporte, dentre outros. 

A CONTAG reconhece as mobilizações como resultado do ambiente democrático vivenciado no país. A democracia no Brasil é um legado da construção histórica de lutas protagonizadas por organizações sociais e políticas, onde se inclui o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais coordenado pela CONTAG. Este legado inspira a atual geração e lhe garante condições de sair às ruas para cobrar ampliação de direitos e melhoria da qualidade de vida. 

Neste momento, é fundamental que os movimentos sociais e populares que historicamente organizam a classe trabalhadora no campo e na cidade contribuam, de forma articulada, com as mobilizações assegurando que esse momento seja capaz de fazer avançar na construção de um projeto popular para o Brasil e na defesa dos direitos da classe trabalhadora e na construção de uma nação justa, democrática e solidária. 

Brasília, 21 de junho de 2013

Diretoria da CONTAG

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Incra destina R$ 101 milhões para obras em assentamentos beneficiados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida


Incra destina R$ 101 milhões para obras em assentamentos beneficiados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida

Cerca de 32,4 mil famílias a serem beneficiadas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em assentamentos vão contar com mais recursos para infraestrutura. O Incra descentralizou, nesta quinta-feira (20), R$ 85 milhões para as superintendências da autarquia em todo o País realizarem obras nos projetos de reforma agrária, com prioridade para as localidades onde os contratos de execução do programa estiverem mais adiantados. O valor liberado se soma a outros R$ 16 milhões já repassados às regio... Leia mais

Até o final do ano agricultores poderão contratar créditos para aliviar prejuízos da seca



  
A decisão do Conselho Monetário Nacional vai beneficiar os produtores atingidos pela estiagem do Nordeste. Produtores rurais e agricultores familiares afetados pela estiagem na área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) têm até 31 de dezembro deste ano para contratar as linhas especiais de crédito com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
O Conselho também autorizou a composição de débitos com prestações a serem pagas entre 2012 e 2014. A medida foi autorizada com objetivo de diminuir as dificuldades enfrentadas pelos produtores da região e minimizar os prejuízos sofridos por famílias atingidas pela estiagem. 

da redação do Nordeste Rural 
fonte do blog de jatão vaqueiro

terça-feira, 18 de junho de 2013

Das 12 mil toneladas do milho doado pelo Governo Dilma para o Estado, apenas 1.253.400 quilos chegaram

http://marcosdantas.com/
8332 
RN ainda aguarda milho prometido pelo governo
A informação está nas páginas d’O Jornal de Hoje... Das 12 mil toneladas do milho doado pelo Governo Federal para o Rio Grande do Norte, apenas 1.253.400 quilos chegaram ao estado depois que o Ministério da Agricultura desistiu de mandar a carga pelo Porto de Natal por não encontrar armadores interessados em licitações que deram desertas. Em consequência, a Companhia Docas do RN, que investiu mais de R$ 330 mil na compra de armazém inflável para acolher o milho, espera melhor uso para o dinheiro gasto.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O NIM é uma planta originada da Índia, trazida para o Brasil em 1992. Trata-se de uma árvore de crescimento rápido, que em poucos anos, atinge mais de 10metros de altura. Produz os seus primeiros frutos entre 3 e 5 anos depois do plantio. Nas condições do Nordeste chega a produzir frutos 2 vezes por ano.


http://deusdethmauricio.blogspot.com.br/
                                            O NIM cresce rapidamente no
                                                                      semiárido brasileiro
Ela se desenvolve bem em regiões semi-áridas, por ser resistentes à seca e suportar temperaturas elevadas, adaptando-se facilmente a diferentes tipos de solos. As substâncias encontradas no NIM funcionam como repelentes e, quando aplicadas diretamente no inseto podem matar ou provocar alterações genéticas. Insetos atingidos pelo NIM, ao se reproduzirem, geram insetos com o corpo defeituoso, de menor tamanho, com baixa capacidade de alimentação e de reprodução, diminuído assim a produção da praga.

Prove 7 alimentos que previnem câncer de mama

Em teoria, todo mundo deveria seguir uma dieta balanceada com muitas frutas, verduras, legumes e grãos formando um prato bastante colorido. Na prática, entretanto, as coisas funcionam de forma bem diferente e a maioria das pessoas só percebe a importância dos bons hábitos alimentares quando aparece alguma doença. Entre elas, o câncer de mama. Segundo a nutricionista Débora La Regina, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), mudanças na alimentação acontecem logo após a primeira consulta. "Isso acontece não porque as condições de saúde exigem tratamento especial, mas porque, na maioria das vezes, faltam nutrientes essenciais que ajudariam na prevenção desse tipo de câncer", afirma. Se você acha que anda com as refeições meio sem graça, veja as dicas das especialistas para colocar mais cor no seu prato e reforçar a saúde.
Framboesa - Foto Getty Images
Frutas Vermelhas
"Frutas vermelhas, como framboesa e amora, contêm fitonutrientes anticancerígenos chamados antocianinas que retardam o crescimento de células pré-malígnas e evitam a formação de novos vasos sanguíneos, que podem alimentar um tumor", explica a nutricionista Daniela Cyrulin, da Nutri & Consult. Esses alimentos também são ótimas fontes de vitamina C, flavonóides e fibras, essências ao funcionamento do organismo.


Cenoura - Foto Getty Images
Cenoura
Uma pesquisa feita pela Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos, revelou que a cenoura é um alimento eficaz na prevenção contra o câncer de mama. A descoberta surgiu após o acompanhamento de 12 mil mulheres, 5.700 com câncer de mama e 6.300 saudáveis, que serviram como grupo de controle. Após terem sua dieta controlada, constatou-se que consumir duas porções do vegetal todos os dias reduz o risco de desenvolver a doença em até 17%. Segundo a nutricionista Débora, isso acontece graças ao beta caroteno, que protege o DNA contra a oxidação, evitando a formação de radicais livres. De acordo com o estudo, entretanto, tal porcentagem só pode ser atribuída a mulheres na pré-menopausa.

Uva - Foto Getty Images
Uva
De acordo com Débora La Regina, estudos já mostraram que flavonóides, presentes na uva, podem retardar o crescimento de células malignas no organismo. A especialista alerta, entretanto, para que os adoradores de vinho tinto não abusem da bebida com a alegação de que ele faz bem para a saúde. O excesso de álcool prejudica todo o metabolismo e pode ser vir de gatilho a outras doenças, além de fragilizar a imunidade.

Romã - Foto Getty Images
Romã
Um estudo publicado na revista Cancer Prevention Research, da Associação Americana para Pesquisa sobre Câncer, mostrou que romãs podem ajudar na prevenção contra o câncer de mama. Eles analisaram a interação dos compostos do fruto com a enzima aromatase, responsável pela produção de estrogênio e fundamental para o surgimento de células cancerígenas. Concluíram, então, que o fruto inibe sua ação.

Brócolis - Foto Getty Images
Brócolis
"Por meio do estímulo das enzimas do corpo, o sulforano, presente nos brócolis, elimina substâncias que podem originar células cancerígenas no corpo", aponta Daniela. Outros vegetais que também produzem esse efeito são a couve-flor e o repolho. Recomenda-se o consumo de meia xícara de chá do alimento por dia.

Pimenta preta - Foto Getty Images
Especiarias
Pesquisadores do Comprehensive Cancer Center, da Universidade de Michigam, nos Estados Unidos, afirmam que especiarias, como pimenta preta e curry, podem atuar na diminuição do aparecimento de células cancerígenas sem danificar as células saudáveis da mama. De acordo com Daniela Cyrulin, o efeito se dá pelos polifenois, antioxidantes que possuem ação antiinflamatória.

Soja e derivados - Foto Getty Images
Soja
Soja e derivados, como leite de soja e tofu, contêm nutrientes em sua composição chamados fitoestrogênio. Ele é similar ao hormônio estrogênio natural, produzido pelo corpo feminino a partir da adolescência e, por isso, ocorre uma competição entre ambos dentro do nosso organismo. "Essa disputa interfere em enzimas importantes para o desenvolvimento de células cancerígenas", afirma a nutricionista Débora.

Fonte: Minha Vida
fonte do blog de genilza pereira

Saiba o que o milho pode fazer por sua saúde e aprenda a preparar o delicioso suco de milho verde

O milho é um cereal muito nutritivo.

Ele é rico em aminoácidos como o triptofano e lisina, além de fósforo, magnésio, ferro, potássio, cálcio, vitaminas A, B1 e E, carboidratos, fibras e muitos outros nutrientes que são capazes de proteger o sistema reprodutor, tonificar os músculos do coração, garantir a potência sexual e ajudar o sistema digestivo.

Ele é antioxidante, ou seja, combate o envelhecimento, atua no sistema nervoso, diminui o colesterol.

O milho ainda previne a fadiga, pois é rico em carboidratos,   uma excelente fonte de energia.

E quem sofre com prisão de ventre pode incluí-lo em seu cardápio, porque é rico em fibras e garante o bom funcionamento do intestino.

Procure consumir milho fresco, e não em conserva, que geralmente tem alto teor de sódio.

Cuidado também para não consumir milho transgênico, razão pela qual o ideal é comprá-lo nas feiras dos agricultores orgânicos.

Em resumo, os principais benefícios do milho à saúde são:
  •  a prevenção a ação dos radicais livres;
  •  auxilio ao funcionamento do intestino;
  •  redução dos níveis de colesterol;
  •  redução dos níveis de glicose no sangue;
  •  prevenção de problemas cardíacos;
  •  e fonte de betacaroteno, fibras e vitaminas;
  •  ajuda a metabolizar gorduras de forma mais rápida;
  •  prevenção de prisão de ventre.
  • O milho pode ser consumido de diversas formas: cozido, assado, como bolo, canjica, pamonha, polenta, cuscuz...
    Uma receita simples e muito saborosa é o suco de milho verde.

    Vamos aprender a fazê-lo?
    Ingredientes
    . 6 espigas de milho-verde
    . 2 litros de leite
    . 3 1/2 xícaras (chá) de água
    . 1 xícara (chá) de açúcar 
    Modo de preparo
    1. Retire os grãos das espigas cortando com uma faca.
    2. Coloque os grãos no liquidificador junto com 4 xícaras (chá) de leite e 1/2 xícara (chá) de água. Bata até ficar uma mistura homogênea.
    3. Passe pela peneira e coloque numa panela.
    4. Adicione o açúcar e leve ao fogo baixo, sem parar de mexer, por 30 minutos ou até engrossar bem.
    5. Deixe esfriar e bata novamente no liquidificador, junto com o leite e a água restantes.
    6. Sirva gelado.

    fonte do blog de jatão vaqueiro

    Fonec continua na luta pela construção da política de educação do campo




    Acontece nos dias 13 e 14 de junho, na sede da CONTAG, em Brasília, a Reunião Ampliada de Planejamento do Fórum Nacional de Educação do Campo (Fonec), que reúne representantes de 42 movimentos sociais, de 19 universidades, e de 12 Secretarias Estaduais de Educação. Desde 2010, quando o Fonec foi criado, é feita uma série de agendas, como seminários de aprofundamento, mobilização, diálogo com o Estado em torno das políticas públicas, rearticulação dos grupos estaduais que têm feito o debate da educação do campo em comitês, fóruns e comissões.

    Em agosto de 2012, foi realizado, também na CONTAG, o Seminário Nacional do Fonec, que foi um espaço político, de aprofundamento da concepção, das diretrizes e das orientações para a construção da política de educação do campo. Nessa atividade foi decidida a criação de uma agenda de trabalho constante. Então, a reunião dessa semana é uma das agendas já definidas. Na ocasião, os membros do Fonec estão discutindo as ações que precisam implementar, enquanto coletivo, para fortalecer o debate da política de educação do campo.

    Nesta quinta-feira, 13 de junho, a reunião foi iniciada com a participação do professor e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Guilherme Delgado, que fez uma análise de conjuntura da questão agrária, o momento que o campo está vivendo, qual o lugar desse debate do campo nessa relação com o governo, e como a educação se situa nesse processo.


    Foto: Pedro Cerqueira Melo

    Na sequência, foi realizada uma mesa trazendo a conjuntura da educação do campo, colocando um pouco do ponto de vista da política pública, o que o seminário do ano passado apontou e qual o cenário de lá para cá. Esse momento também destacou o Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), que hoje é uma referência para o Fórum, trazendo as críticas e limites que o programa tem, mas também qual o papel do Fonec na sua implementação.


    Foto: Pedro Cerqueira Melo

    À tarde, aconteceram os trabalhos de grupo. No total foram cinco GTs, que discutiram as estratégias que o Fonec precisa assumir para ampliar a construção de escolas no campo, já que a tendência é fechar os estabelecimentos de ensino no meio rural; o papel que o Fonec pode incidir no debate da Educação de Jovens e Adultos (EJA) porque, na avaliação do Fórum, as propostas do Pronacampo são muito frágeis quanto ao EJA; o debate que está posto sobre a educação profissional e o Pronatec, pois há fortes críticas nesse aspecto dentro do Pronacampo; na questão de formação de educadores, como fazer para implementar os 42 projetos de licenciatura pelas universidades, com previsão de 15 mil alunos, onde o Grito da Terra Brasil 2013 ajudou a pressionar o Ministério do Planejamento para liberar o concurso público de professores; e o último grupo tratou da produção e uso de material didático, pois o Fonec entende que o que se tem hoje no campo não atende a necessidade da educação do campo.


    Foto: Pedro Cerqueira Melo

    Todos os grupos fizeram as suas apresentações na manhã desta sexta-feira, 14 de junho. Já no período da tarde acontecerá um ato político onde o Fonec apresentará suas demandas, críticas e proposições ao Ministério da Educação, ao Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação, à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), à Unicef e às entidades parceiras. O objetivo do Fórum é buscar alternativas para construir alianças com esses setores e pressionar para a execução dessa política. A reunião do Fonec será encerrada com este ato.

    Segundo Mônica Molina, que representa as universidades na Comissão Nacional do Fonec, um dos principais objetivos desse encontro é seguir na luta pela construção de educação do campo. “Estamos aqui discutindo as várias ações do Pronacampo e construindo estratégias de luta para a implementação das frentes que nós consideramos como prioritárias, como a formação de educadores, a construção de escolas, a educação de jovens e adultos, a educação profissional e outros. Enfim, tem vários temas no Pronacampo que não estão de acordo com as bandeiras históricas da educação do campo. A nossa intenção é tentar construir estratégias para fazer com que a política pública de educação do campo, de fato, atenda os anseios históricos do movimento.”

    Já Edgar Jorge Kolling, um dos representantes do MST no Fonec, destacou a importância da participação dos movimentos sociais em espaços como este. “Se os movimentos sociais do campo não tiverem o seu espaço autônomo para aprofundar os temas, tanto da questão agrária, como das políticas públicas e, mais precisamente, da educação, e dentro desse espaço pressionar o MEC e as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação sobre aquilo que conquistamos, dificilmente será implementado. Então, é muito importante termos esse espaço que permite construir a unidade de leitura, da análise do campo e das políticas públicas, é um espaço que fortalece a definição de estratégias unitárias e também permite que as nossas ações sirvam de controle social sobre os direitos que conquistamos.”

    Por fim, José Wilson, secretário de Políticas Sociais da CONTAG, faz um resgate da construção do Fórum e do seu importante papel na construção da política de educação do campo. “O Fonec surgiu a partir de algumas construções coletivas que realizamos, como o 1º e 2º Fóruns CONTAG de Educação do Campo. No segundo veio a ideia de criar um Fórum como um espaço de interlocução e de dar voz às organizações que discutem o tema de educação do campo.” De acordo com o dirigente, com a assinatura do decreto que cria as bases de construção da política do Pronacampo, o Fórum passou a exercer um papel fundamental que é o de observar a ação dessas organizações e do governo na implementação de algumas políticas de educação do campo. 

    Além de exercer esse papel, o Fonec também avalia e produz notas técnicas que causam efeitos dentro do governo no sentido de questionar determinadas ações e programas que não atingem seus objetivos. “Hoje, o governo reconhece o Fórum, sua força e legitimidade para avaliar, questionar e contribuir com sugestões para ajustar os seus marcos legais para a efetivação dessas políticas. Afinal, o Fórum não representa só os movimentos sociais do campo. As universidades também têm um peso político nesse espaço, além de organizações experientes em educação do campo”, destacou José Wilson.

    Estratégia de convivência com o Semiárido garante safra mesmo em ano de chuva irregular



    Ranilson Saldanha - Comunicador popular da ASA
    Campo Grande - RN
    14/06/2013
    Tecnologia social garante água para produção de alimentos | Foto: Ranilson Saldanha
    A família de Sr. Zé Maria e D. Espedita Almeida fez o alargamento do barreiro no ano de 2012. Este aumento na capacidade de armazenamento de água permitiu maior segurança hídrica no sistema produtivo que foi implantado ao lado da casa em aproximadamente dois hectares cultivadas com feijão, milho, melancia e sorgo. Os três aspersores são acionados toda vez que Sr. Zé Maria percebe as plantas murchando. Isto é irrigação de salvação e vai possibilitar que a família obtenha produção mesmo em um ano de chuvas irregulares como foi 2013.

    O melhoramento foi feito com baixo custo de investimento e descentralização das ações através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), idealizado e conduzido pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Essa iniciativa acredita que é possível preparar as famílias que vivem no Semiárido para a convivência com as condições climáticas da região. O que deve ser feito é substituir iniciativas emergenciais paliativas por medidas permanentes e resolutivas.

    A concepção é que as tecnologias sociais aliadas às capacitações das famílias rurais nas temáticas de gestão de água e das produções podem reforçar os conhecimentos das famílias para atravessarem as secas sem transtornos. A primeira etapa desta estratégia começou com as construções das cisternas de 16 mil litros para garantia da água para o consumo humano. O novo passo é este da construção de tecnologias que possibilitem água para as produções serem realizadas mesmo nos anos de poucas chuvas.

    O Núcleo Sertão Verde é uma das entidades executoras do P1+2 de convivência com o Semiárido, no Médio Oeste Potiguar. Em 2012 a entidade implantou 179 tecnologias sociais nos municípios de Assu, Campo Grande, Patu e Caraúbas. Neste ano a nova meta é 644 tecnologias sociais distribuídas nos municípios de Serrinha dos Pintos, Portalegre, Caraúbas, Carnaubais, Upanema, Tibau, Paraú e Campo Grande.

    fonte do blog de ASA BRASIL

    Vereador Nivaldo apoiou recuperação de açudes na Esperança


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    MANOEL CHIBERIO
    NIVALDO GOMES
    IVANALDO ROGERIO 
    O vereador angicano Nivaldo Gomes [PV], deu uma importante contribuição para proprietários de pequenos e médios açudes localizados na comunidade da Esperança, em Angicos.
    O vereador conseguiu máquina para recuperar seis açudes que já acumulam água. “Foi uma ação do nosso mandato como vereador, atendendo solicitações dos amigos da Esperança, que atendemos com maior prazer”, ressaltou Nivaldo Gomes.
    O vereador disse ainda que o homem do campo precisa receber maior atenção por parte dos governos, pois, conforme Nivaldo Gomes, tem sofrido com a escassez de d´água e apoio para criar o rebanho.
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    MANOEL CHIBERIO
    NIVALDO GOMES
    IVANALDO ROGERIO
    fonte do blog de aclecivam soares