Sucessão Rural e Relações Intergeracionais: Juventude e 3° Idade lado a lado
Na manhã desta terça-feira (14), dentre as várias Oficinas Pedagógicas oferecidas, estava à oficina de Sucessão Rural e Relações Intergeracionais, ministradas por 04 facilitadores vindos das delegações do Maranhão, Luciane Silva; Rio Grande do Sul, José Lourenço Cadoná; secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras da CONTAG, Mazé Morais e da delegação do Piauí, Joyce Maia.
Compareceram aproximadamente 80 pessoas na Oficina, com o objetivo principal de debaterem as relações intergeracionais, como elas são percebidas nas gerações passadas e nas novas gerações e se ocasionam ou não, a sucessão rural.
Os(as) participantes ficaram divididos em 03 grupos, de acordo com as cores que cada um/uma escolheu, e discutiram entre si o tema apresentado pelos palestrantes, como tarefa de apontarem as dificuldades e os pontos positivos vivenciados em cada estado do Brasil.
O Grupo Branco citou pontos, como: Falta do diálogo entre os(as) jovens e a pessoa da terceira idade; resistência do idoso em deixar os jovens administrarem a propriedade; ausência do jovem na manutenção e continuação do trabalho no campo; falta de segurança e estrutura provocando o êxodo rural; ausência de políticas públicas efetivas, importância da escola família agrícola como alternativa para permanência do jovem no campo.
Já o Grupo Azul, falou sobre a falta do reconhecimento da Juventude em relação à luta dos idosos(as), ausência de participação destes no MSTTR, influência negativa da mídia sobre a juventude e o afastamento deles dos movimentos sociais; a importância do trabalho na base; dificuldades de se ter diretoria mista dentro dos sindicatos; carência de políticas públicas agrícolas, falta de leis adaptadas à agricultura familiar e a ausência da discussão sobre o estatuto da juventude.
Por último, o Grupo Rosa abordou o tema expondo os desafios da 3° idade no acompanhamento das novas tecnologias; a importância da valorização de toda a família sobre a agricultura familiar; a relevância da luta do MSTTR para os jovens e a falta de equipamentos de comunicação na área rural.
O facilitador da oficina, José Lourenço Cadoná, explicou que a sucessão rural não é apenas a questão da terra, para, além disso, se trata da Cultura, experiências, valores e tradições repassadas de pais para filhos.
“Se nós não trabalharmos a sucessão rural, daqui a pouco os jovens ficarão abandonados no campo, sem ter alguém para orientá-los para eles tomarem gosto por essa atividade, por isso, temos que incentivá-los a dar continuidade e não deixar morrer o trabalho passado de geração a geração”. Afirmou o senhor Valmir Pereira, da delegação do Piauí.
FONTE: Assessoria de Comunicação Fetag-PI Roana Wrsula de Oliveia
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